Quem são os banqueiros alvos da operação que apura desvio de dinheiro
Na manhã desta quarta (23/4), a PCSP mirou os irmãos Nelson, Noberto e Jaime Nogueira Pinheiro, ligados à direção de empresas milionárias
atualizado
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Conhecidos pela ligação com o mercado financeiro, os irmãos Nelson, Noberto e Jaime Nogueira Pinheiro foram alvo de operação da Polícia Civil de São Paulo nesta quarta-feira (23/4). Segundo a investigação, que apura supostos desvios de recursos financeiros comandado por banqueiros e executivos ligados ao grupo MR Participações S/A, os irmãos estariam envolvidos no esquema.
Os três irmãos estão ligados à direção de empresas que movimentaram cifras milionárias. Segundo a polícia, os valores desviados foram transferidos para uma offshore na América Central e não foram devolvidos.
A Justiça paulista autorizou o sequestro de bens de até R$ 469 milhões pertencentes a 16 pessoas físicas e 19 empresas. As ordens judiciais envolvem apreensão de obras de arte, joias, dinheiro em espécie, além de documentos e equipamentos eletrônicos.
À coluna, a assessoria do banco Pine esclareceu que ” Desde 2005, quando Nelson Pinheiro encerrou sua participação como sócio minoritário do Banco Pine, a instituição não mantém qualquer vínculo com o empresário ou com suas atividades. A menção de Noberto Pinheiro na operação ocorre pela participação minoritária em uma holding patrimonial familiar constituída pela matriarca da família para fins de planejamento sucessório, da qual Nelson faz parte juntamente aos demais herdeiros. Noberto Pinheiro permanece à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos necessários.”
A operação
A operação, batizada de Floresta Devastada, cumpre 11 mandados de busca e apreensão em nove endereços, incluindo imóveis ligados ao banqueiro Nelson Nogueira Pinheiro e a empresas sob sua istração, como a Brickell Participações S/A, cuja liquidação já havia sido determinada pelo Banco Central. Outro alvo é o FPB Bank Inc., com sede no Panamá, que foi alvo de intervenção local.
A investigação teve início em 2023, a partir de indícios de fraude apresentados em um pedido de recuperação extrajudicial envolvendo a Brickell. O Ministério Público de São Paulo aponta manobras societárias para ocultação de patrimônio e possível fraude contra credores.