Quem é o “médico das estrelas” acusado de cortar clitóris de modelo
Com 346 mil seguidores nas redes sociais, Wilian, além de supostos erros médicos, é conhecido por arrematar jantares com celebridades
atualizado
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O cirurgião plástico Wilian Pires de Oliveira Junior (foto em destaque), conhecido como “médico das estrelas”, condenado por mutilar pacientes e que enfrenta uma série de processos por negligência médica, é alvo de uma nova acusação. Conforme a coluna revelou nesta terça-feira (18/3), uma modelo afirma que o médico cortou o clitóris dela durante uma cirurgia estética, sem a autorização da vítima, além de supostamente tê-la deixado sem assistência adequada após o procedimento.
Com 346 mil seguidores nas redes sociais, Wilian, além dos supostos erros médicos, é conhecido por arrematar jantares e almoços em leilões beneficentes com celebridades como Virginia Fonseca, Ronaldo Fenômeno e Sabrina Sato.
Além disso, ele teria arrematado um encontro com o jogador Neymar no 4º Leilão do Instituto Neymar Jr. para ajudar o projeto social.
Em 2020, o médico foi alvo da Operação Navio Fantasma, acusado de forjar o incêndio de um iate de luxo para receber R$ 800 mil em seguro. Além disso, há múltiplos processos civis e criminais contra ele, envolvendo erros cirúrgicos e reclamações de pacientes.
Última denúncia
A última denúncia de paciente contra ele se refere a uma cirurgia feita no 5 de fevereiro de 2025, em um hospital de Goiânia (GO). A modelo havia contratado um pacote estético avaliado em R$ 137 mil, que incluía lipoaspiração HD, implantes de silicone e ninfoplastia, uma cirurgia plástica que consiste na remoção de pele dos lábios vaginais.
No entanto, segundo o boletim de ocorrência registrado em 28 de fevereiro, o procedimento se transformou em um pesadelo irreversível. Além da falta de atendimento no pós-operatório, a modelo afirma ter sofrido um erro brutal na cirurgia íntima.
Outro lado
Diante da repercussão da última denúncia, Wilian Pires de Oliveira Junior registrou um boletim de ocorrência contra a mulher, acusando-a de calúnia e ameaça. Ele nega ter cometido erro médico.
Por meio de nota, o médico alegou que “os procedimentos foram realizados após avaliação e proposta terapêutica, bem como previa ciência e anuência, seguindo todos os preceitos éticos e técnicos.”
Acrescentou que “não houve qualquer intercorrência ou resultado adverso, estado ela em período pós-operatório, sendo que, de acordo com a prática médica e a própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os resultados demandam aproximadamente seis meses para serem evidenciados, inclusive com a possibilidade de um segundo tempo cirúrgico (retoque), sem que tal fato constitua imperícia do cirurgião.”
O especialista finalizou dizendo que “no que concerne aos cuidados pós-operatórios, salientamos que a paciente teve todo o e necessário, com os cuidados médicos e profissionais a sua disposição.”
Crimes
A Polícia Civil está apurando se houve erro médico, negligência ou conduta criminosa na cirurgia da mulher. Se condenado, Wilian Pires pode responder por lesão corporal culposa, além de outras penalidades no Conselho Regional de Medicina, que pode levar à cassação de seu registro profissional.
