Quem é a garçonete presa por 8/1 após fuga por cinco países
A garçonete Cristiane da Silva foi condenada por associação criminosa e incitação ao crime nos atos de 8 de janeiro em Brasília
atualizado
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Cristiane da Silva, de 33 anos, natural de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi presa pela Polícia Federal (PF) no último sábado (24/5) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Fortaleza, no Ceará. Garçonete, ela foi condenada por associação criminosa e incitação ao crime nos atos de 8 de janeiro em Brasília, mas nega ter participado das ações.
A prisão de Cristiane ocorreu durante uma operação de repatriação que trouxe de volta ao Brasil 103 brasileiros deportados dos Estados Unidos, organizada pelo governo federal. Segundo a PF, ela era uma das três pessoas com pendências judiciais e foi detida assim que pisou em solo brasileiro.
Antes da prisão, Cristiane protagonizou uma fuga internacional. Condenada a um ano de prisão, chegou a recusar medidas alternativas propostas pela Justiça, como prestação de serviços comunitários e participação em curso sobre democracia. Em vez disso, deixou o Brasil em 2024, quando o processo ainda estava na fase inicial.
O primeiro destino foi a Argentina, seguida pelo Peru e pela Colômbia, país que, segundo ela mesma relatou, abandonou por ser governado pela esquerda. A jornada prosseguiu pelo Panamá e México até El Paso, no Texas, onde foi detida no dia 21 de janeiro deste ano.
Em depoimento à PF, Cristiane afirmou que viajou a Brasília “apenas para ear” e negou participação nos atos golpistas. Disse ainda ter pago R$ 500 por uma vaga em um ônibus que levava militantes até a capital federal.
Apesar da negativa, a garçonete foi condenada por associação criminosa e incitação ao crime, com pena fixada em um ano de prisão.
O avião com os repatriados pousou em Fortaleza, onde os três foragidos, incluindo Cristiane, foram detidos pela PF. Os demais seguiram viagem em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para Confins, em Minas Gerais.
As operações de repatriação integram um esforço do governo federal que, desde fevereiro, já trouxe de volta ao país 783 brasileiros deportados dos Estados Unidos, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).