Policiais são investigados por ajudar Vovózona do CV a fugir da prisão
Um dos policiais penais teria utilizado uma caminhonete F-250 oficial do sistema penitenciário para tirar os detentos da unidade
atualizado
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A Polícia Civil do Mato Grosso deflagrou, na manhã desta segunda-feira (11/4), a Operação Shadow, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de ter facilitado a fuga de Gilmar Reis da Silva, conhecido como “Vovózona” — apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho (CV) no sul do estado — e de outro detento que responde por homicídio. A fuga ocorreu em julho de 2023, no Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
Ao todo, foram expedidas 35 ordens judiciais pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, incluindo 11 mandados de prisão preventiva, 12 de busca e apreensão domiciliar, além de bloqueios de valores, sequestro de veículos e bens imóveis. Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Poconé.
Entre os alvos da operação estão dois policiais penais, investigados por facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração a organização criminosa. As investigações, revelaram que a fuga foi parte de um plano que contou com apoio interno e externo à penitenciária.
Segundo apuração, um dos policiais penais teria utilizado uma caminhonete F-250 oficial do sistema para tirar os detentos da unidade, sob a justificativa de participação em serviço externo. O outro servidor envolvido seria o então diretor da unidade, que autorizou a saída dos presos, mesmo após um dos fugitivos já ter tentado escapar dias antes.
De acordo com o delegado Rodrigo Azem Buchdid, titular da Draco, a investigação apontou que o grupo montou uma rede de apoio logístico e institucional para garantir o êxito da fuga. “A operação tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso que atuou de forma coordenada, com apoio de servidores públicos e recursos como veículos e imóveis”, afirmou.
A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) acompanha o cumprimento das ordens judiciais e, por meio de sua Corregedoria Geral, anunciou que tomará todas as medidas cabíveis em relação aos servidores envolvidos.
