Elite do PCC e roubo de R$ 40 mi: quem era Pane, ladrão morto pela PM

André Ferreira Borges (foto em destaque), conhecido como Pane, um dos criminosos mais procurados do Brasil, morreu na noite dessa terça-feira (11/3), em Campinas (SP), após entrar em confronto com a Polícia Militar. Aos 45 anos, Pane era investigado por envolvimento em mega-assaltos a bancos na modalidade conhecida como “novo cangaço”, entre eles o roubo de aproximadamente R$ 40 milhões de agências bancárias em Uberaba (MG).

De acordo com a Polícia Militar, Pane foi abordado na Avenida Comendador Aladino Selmi após uma denúncia anônima que indicava que ele transportava armas de grosso calibre. Ao perceber a abordagem, Pane teria reagido disparando contra os policiais, que revidaram os tiros. O suspeito foi atingido e morreu no local.

Com ele foram encontrados US$ 83 mil (aproximadamente R$ 480 mil), uma pistola calibre 380, 14 projéteis, seis carregadores de munição, três cartuchos e uma luneta. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial no 1º Distrito Policial de Campinas.

Histórico criminal
Pane era integrante da “restrita tática”, unidade de elite do Primeiro Comando da Capital (PCC), especializada em ações criminosas de alto risco. Ele tinha um extenso histórico criminal e era apontado pelas autoridades como responsável por assaltos a instituições financeiras em diversas cidades brasileiras.

Entre as ações mais notórias estão os ataques ocorridos em os (MG), em 2018, e Uberaba (MG), em 2019, onde Pane e seu grupo travaram intenso confronto com policiais, fugindo com cerca de R$ 40 milhões. Mais recentemente, esteve envolvido também no ataque a bancos em Araçatuba (SP), em 2021.

Em paralelo aos roubos milionários, investigações da Polícia Federal apontam que Pane mantinha operações financeiras internacionais com criptomoedas, movimentando mais de meio milhão de reais em transações nos Estados Unidos. O criminoso também era conhecido por usar veículos blindados e equipamentos sofisticados para dificultar sua captura.

Pane vinha sendo procurado desde pelo menos 2020, com prisão preventiva decretada pela Justiça.