“Ele ia fazer o quê?”, diz mulher de Poze após MC se declarar do CV
Em seu perfil nas redes, Viviane Noronha declarou que Poze do Rodo não tinha outra escolha
atualizado
Compartilhar notícia

Após vir a público a informação de que Marlon Brendon Coelho Couto Silva, o MC Poze do Rodo, afirmou, ao responder no prontuário de ingresso no sistema prisional do Rio de Janeiro, ter vínculo com o Comando Vermelho (CV), a esposa do cantor, Viviane Noronha, declarou estar revoltada com repercussão.
Por meio de vídeos publicados em suas redes sociais, ela declarou que as notícias são tendenciosas. “O Marlon é cria da onde ele vai fazer o que me diz o que ele tem que fazer?”, perguntou.
Viviane continuou dizendo que esse é um procedimento básico. “Ele vai chegar (na penitenciária) e vai precisar ir para algum lugar, como acontece como todo mundo, mas o Marlon é famoso, então ele tem que ser exposto e humilhado”, disse, indignada.
“O Marlon não tem culpa, ele é cria de uma comunidade, ele não tem culpa que o sistema é dividido. O Marlon gera emprego para mais de 120 pessoas, mais de 120 famílias são sustentadas através “sic” do trabalho dele, ele faz ação social, mas isso ninguém”, finalizou.
Levado para presídio do CV
A coluna teve o exclusivo ao prontuário de ingresso no sistema prisional do Rio de Janeiro que confirma a declaração de Marlon Brendon Coelho Couto Silva, o MC Poze do Rodo, de vínculo com o Comando Vermelho (CV). A informação foi prestada pelo próprio cantor a agentes penitenciários durante o procedimento de triagem, logo após a prisão.
O documento oficial, preenchido no momento da entrada do funkeiro na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), traz o campo “ideologia declarada” marcado com um “X” na opção “CV”, sigla do grupo criminoso que domina a maior parte das favelas do Rio. A ficha de custódia também registra que o motivo da prisão foi temporária, com prazo inicial de 90 dias, e aponta que Poze possui ensino médio incompleto.
A penitenciária para onde ele foi levado, Bangu 3A, é reconhecida nos bastidores do sistema como uma unidade de controle do Comando Vermelho, fato que confirma a adequação da alocação ao protocolo estabelecido pela Secretaria de istração Penitenciária (Seap).
Segundo a pasta, a prática de questionar presos recém-detidos sobre eventuais vínculos com facções é comum e visa evitar confrontos entre grupos rivais no interior das unidades.