CV: tribunal do crime espalha terror em Goiânia com mulher decapitada
Segundo as investigações, as mortes foram ordenadas por um líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV) como demonstração de força
atualizado
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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (28/5), a Operação Descarrilhado para cumprir oito mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra investigados por envolvimento em dois homicídios brutais registrados no Residencial Real Conquista, em Goiânia, nos meses de fevereiro e março deste ano. Segundo as investigações, as mortes foram ordenadas por um líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV) como demonstração de força.
Ana Carolina Rudgeri, de 22 anos, foi morta em março deste ano. A jovem teve a cabeça decepada e o corpo parcialmente carbonizado.
Em áudio obtido pela Polícia Civil, o criminoso determina a execução da vítima: “(…) pode matar ela na cara dura, pra todo mundo ver. Pra todo mundo ver! E se tiver de madrugada, amarra no poste e põe é fogo! No meu nome, mano, é no meu nome, mano! Entendeu?”.
Já João Felipe Silvério da Silva, 27, foi morto em fevereiro, após ser alvejado por diversos disparos de arma de fogo. As investigações apontam que ele havia sido espancado em pelo menos duas ocasiões por integrantes da mesma organização criminosa.
Nas agressões anteriores, os criminosos teriam informado que aguardavam autorização da liderança da facção para executá-lo.
De acordo com a Polícia Civil, os homicídios foram praticados pelo Comando Vermelho como forma de consolidar o domínio sobre a população local. As execuções serviriam para impor o medo e demonstrar poder no território.
Durante as investigações, uma pessoa chegou a ser presa sob suspeita de participação no crime de João Felipe, após uma confissão informal a policiais militares.
Contudo, o indivíduo foi solto dias depois, por decisão judicial, diante da incompatibilidade da confissão com outras evidências do inquérito.