Caos sobre duas rodas: “rolezinho” domina o RJ e coloca vidas em risco
À coluna, um Policial Militar do RJ explicou como os encontros de motociclistas oferecem riscos aos participantes e à sociedade
atualizado
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Carteira de habilitação, documentos regularizados e manutenção do veículo não são preocupações prioritárias para os motociclistas que frequentam os chamados “rolezinhos” no Rio de Janeiro (RJ).
À coluna, um policial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), que preferiu não se identificar, detalhou como funcionam os encontros regados a irregularidades, que dominam as ruas do RJ e ameaçam a segurança do trânsito no estado.
Na madrugada desta sexta-feira (18/4), três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) morreram após se envolverem em um trágico acidente ocorrido enquanto perseguiam uma motocicleta na Avenida Brasil, na zona norte do Rio. Segundo o policial militar, as perseguições têm se tornado rotina na região.
“Eles combinam, por meio das redes sociais, o ponto de encontro, que geralmente fica próximo a uma comunidade, porque sabem que a polícia demorará a chegar, um meio de evitar conflitos envolvendo tiros”, relatou.
Enquanto os militares não chegam ao local, os motociclistas que marcam presença “evento” se exibem empinando os veículos e, sem capacete, realizando manobras consideradas perigosas.
“Nesses rolezinhos, a maioria não tem habilitação, os documentos estão atrasados e as motos descaracterizadas e depenadas, faltando pedaços e sem retrovisores. Eles não seguem as normas de segurança e são baderneiros”, detalhou o policial.
Em um vídeo enviado à coluna, motociclistas que se reuniram na comunidade de Manguinhos percorrem as ruas do RJ ando por várias áreas de batalhões da PMERJ, fazendo com que os militares tentem coibir a ação.
“São muitas motos e a graça para eles é dispersar, correr da polícia para não serem pegos. Eles empinam, ‘dão grau’, fazem baderna até a polícia chegar, na tentativa de amenizar o impacto no trânsito.
“Parece que a graça é sair correndo ao ver a polícia. Eles querem fazer a gente de bobos, mas chega uma hora que a gente acaba pegando”, disse.