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Justiça condena Marine Le Pen, mas não mata a direita. Pelo contrário

Se a morte política de Marine Le Pen for confirmada, a direita sa terá em Jordan Bardella um candidato forte em 2027

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Marine Le Pen, líder do maior partido da direita sa -- Metrópoles
1 de 1 Marine Le Pen, líder do maior partido da direita sa -- Metrópoles - Foto: Reprodução/X

Marine Le Pen, chefe do Rassemblement National, partido da direita radical sa, foi condenada a cinco anos de inelegibilidade e quatro anos de prisão, pelo tribunal de Paris.

O crime dela e de companheiros seus parece coisa de amador, se comparado aos dos ladravazes políticos brasileiros: desvio de dinheiro da União Europeia, quando ela era eurodeputada, por meio da contratação de assistentes parlamentares que, na verdade, não cumpriam a função de assessoramento no Parlamento Europeu, mas serviam ao partido de Marine Le Pen em funções relacionadas à política sa.

A contratação fraudulenta proporcionou um prejuízo que a União Europeia contabilizou em 7 milhões de euros, mas foi abaixado para 3,2 milhões de euros pela Justiça, dos quais 1 milhão de euros foram reembolsados. O prejuízo representou, portanto, uma economia para o Rassemblement National, antes chamado Front National.

A sentença judicial que pesa sobre Marine Le Pen prevê que, dos quatro anos de reclusão, dois serão em prisão fechada, convertíveis no uso de tornozeleira eletrônica. A prisão não implica a perda do seu mandato como deputada na Assembleia Nacional sa.

O busílis é a inelegibilidade. Três vezes candidata a presidente da França, ela lidera as pesquisas para a eleição presidencial de 2027. O Rassemblement National é o partido com maior bancada no parlamento francês, e o presidente Emmanuel Macron teve de fazer uma aliança extravagante, para não dizer espúria, com a esquerda radical, para impedir que o partido de Marine Le Pen pudesse eleger ainda mais deputados  nas eleições antecipadas do ano ado.

Como não podia deixar de ser, o terremoto causado pela condenação é de grandes proporções na já habitualmente conflagrada política do país. O primeiro-ministro François Bayrou, que se equilibra para manter-se no poder, visto que nenhum partido ou grupamento tem maioria absoluta na Assembleia Nacional, teme que os deputados do Rassemblement National inviabilizem a sua permanência no cargo, aprofundando a crise política que sacode a França. O próprio François Bayrou, aliás, é réu em processo semelhante ao de Marine Le Pen, ainda sem data para ser julgado.

Jordan Bardella, presidente do Rassemblement National, correu para o X para dizer que “a democracia sa foi executada”. Esse é o sentimento dos dez milhões de eleitores do Rassemblement National, mas não só, que veem na sentença de inelegibilidade uma decisão essencialmente política de guilhotinar Marine Le Pen, retirando-a do páreo em 2027. Qualquer semelhança com o que ocorre em outros países está muito longe de ser coincidência.

O que os juízes calcularam mal é que Marine Le Pen tem sucessor que talvez a supere em altura eleitoral: o indignado Jordan Bardella. Estrela jovem do partido, ele não arca com o ado que não a da chefona do partido e terá a seu favor apenas o presente da vitimização que ela lhe oferece. Deputado no Parlamento Europeu, Jordan Bardella está a uma distância prudente dos embates diretos sempre desgastantes na Assembleia Nacional.

Popularíssimo no TikTok, bonitão, autor de uma biografia que reforça a imagem de rapaz proveniente da imigração italiana e das classes populares, mas com certa aura de bon chic bon genre, ele lidera com sucesso a campanha de “dédiabolisation” do Rassemblement National.

O gajo está empenhado em edulcorar a imagem da agremiação fundada pelo pai de Marine, o racista, xenófobo e antissemita Jean-Marien Le Pen, que morreu em janeiro. Poucos dias atrás, ele esteve em Israel, sublinhando a diferença de posição do Rassemblement National em relação à esquerda sa, que não consegue esconder mais o seu antissemimistimo.

Marine Le Pen vai recorrer da sentença, e cálculos extrajudiciais certamente pesarão para o veredicto final. Se a sua morte política for confirmada nas instâncias superiores, Jordan Bardella está mais do que pronto para substituí-la e terá recebido da Justiça um grande empurrão.

PS:  a direita radical da União Europeia se manifestou contra a condenação de Marine Le Pen. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, escreveu “Je suis Marine!” no X; o vice-primeiro ministro italiano Matteo Salvini disse que era uma “declaração de guerra de Bruxelas”. Veio da Rússia a solidariedade incômoda: o porta-voz do Kremlin, o intragável Dmitri Peskov, afirmou que “cada vez mais, as capitais europeias pegam o caminho da violação dos direitos democráticos”. O partido de Marine Le Pen é acusado de ter recebido dinheiro de Vladimir Putin, por meio de um empréstimo bancário suspeito, para a campanha eleitoral de 2014, depois da invasão da Crimeia.

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