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Na última sexta-feira (28/5), Bárbara Paz se declarou como uma pessoa de gênero não-binário. “Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não binária. Descobri que sou não binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi”, disse a atriz em entrevista ao podcast Almasculina. A coluna conversou com um psicólogo para entender o que essa denominação significa.
“Não-binária, por definição, é a pessoa que não se identifica nem com o gênero masculino nem com o gênero feminino, ou que se identifica com ambos. Podemos chamar também de ‘gênero fluido’, que é uma pessoa que transita entre as duas identidades. É importante lembrar que a identidade de gênero não tem nenhuma relação com a orientação sexual”, explicou o psicólogo Alexander Bez.
O psicólogo ressaltou que essa identificação não é caracterizada como doença. Mas o preconceito pode trazer prejuízos psicológicos. “O gênero tem sido uma construção social, uma questão imposta pela sociedade, na qual, se a pessoa não se enquadrava, era objeto suscetível de ser rotulado como ‘doente mental’ ou algo do tipo, com maior probabilidade de sofrer estresse psicológico e transtornos mentais como depressão ou ansiedade”.
“Agora que a sociedade, aos poucos, está tomando mais consciência da realidade de que uma pessoa não nasce com o gênero, as possibilidades de identificação se multiplicam ao longo da vida e cada vez mais as gerações se permitem ser mais livres e mais autênticas. O ponto principal deste assunto é: manter o respeito. Por isso, é importante ter em mente que a identidade de gênero é uma experiência interna e individual”, finalizou Alexander.