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Marca se desculpa após funcionário divulgar produto xenofóbico

A Lululemon foi criticada após diretor de arte divulgar camiseta polêmica de um artista no Instagram pessoal, com referências à China

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Alex Tai/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Marca se desculpa após funcionário divulgar produto xenofóbico
1 de 1 Marca se desculpa após funcionário divulgar produto xenofóbico - Foto: Alex Tai/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A marca esportiva canadense Lululemon se desculpou após um de seus funcionários divulgar uma camiseta que rendeu acusações de xenofobia. O então diretor de arte, já demitido, usou o Instagram pessoal para promover a peça, cuja estampa foi considerada ofensiva para a China. Um dos desenhos da t-shirt de mangas compridas mostra uma caixa de comida chinesa com asas de morcego e a frase “Não, obrigado”.

O agravante é que o item sequer foi lançado ou divulgado pela Lululemon, mas o vínculo com o funcionário foi suficiente para atrair repercussão negativa na web. “A imagem e a postagem eram inapropriadas e indesculpáveis, e não toleramos esse comportamento”, manifestou porta-voz da label. Vem comigo entender o caso!

Tudo começou quando o diretor de arte global sênior, Trevor Fleming, usou o próprio Instagram para divulgar o link para compra da camiseta polêmica no site do artista californiano Jess Sluder, no último domingo (19/04).

Não demorou para a peça, batizada de “Arroz frito com morcego”, chegar à plataforma chinesa Weibo e gerar indignação, já que o Instagram é bloqueado na China. Por causa da associação do funcionário à Lululemon, internautas acusaram a marca de xenofobia e cobraram posicionamento.

Só na rede social, a tag #LululemonInsultsChina (Lululemon insulta a China) foi vista 204 milhões de vezes até a última terça-feira (21/04), segundo a Reuters. Outra tag usada, inclusive no Twitter, foi a #BoycottLululemon (Boicote à Lululemon).

Um usuário respondeu a um tweet feito pela Lululemon, no dia 18 de abril, que diz: “Não fazendo nada, você se ajuda a ‘fazer’ mais do que imagina”.  RichVuu28 (@richvuu28) escreveu: “Ei, só um aviso: se você não está ‘fazendo nada’ sobre o seu diretor criativo Trevor Fleming ser mais do que estúpido, isso é tão ruim quanto.”

Sobre a crítica, a etiqueta canadense afirma que agiu imediatamente e desligou a pessoa envolvida. Comunicado enviado a veículos de imprensa internacionais deixa claro que o produto não foi lançado pela marca.

“Lamentamos que um funcionário tenha sido afiliado à promoção de uma camiseta ofensiva e levamos isso muito a sério. A imagem e o post eram inapropriados e imperdoáveis ​​e não toleramos esse comportamento. Agimos imediatamente e a pessoa envolvida não é mais uma funcionária da Lululemon”, informa a etiqueta.

Fleming, por sua vez, disse à Reuters que se arrepende profundamente e não teve noção do “efeito cascata” que seu erro teria. Antes de desativar seu perfil na rede social, ele editou a biografia com a seguinte mensagem: “Peço desculpas por colocar o URL na minha biografia. Não desenhei a camiseta, nem participei de nenhuma parte de sua criação”. Enquanto isso, Jess Sluder se retratou por ser insensível.

Camiseta polêmica criada por Jess Sluder
Esta camiseta de mangas compridas rendeu a maior polêmica para a Lululemon, apesar de não ser um produto da marca canadense. Na parte da frente, repare nos hashis com asas de morcego. A estampa traseira é ainda mais controversa

 

Estampa damiseta polêmica criada por Jess Sluder
Atrás da peça, a estampa mostra uma caixinha de comida chinesa com asas de morcego e a frase “Não, obrigado”. O produto foi criado e comercializado pelo designer californiano Jess Sluder. Como se sabe, cientistas especulam que os morcegos sejam os hospedeiros primários novo coronavírus (Sars-CoV-2), que surgiu na China. Por isso, a imagem tem uma leitura preconceituosa

 

Camiseta polêmica criada por Jess Sluder
A polêmica chegou à Lululemon quando o então diretor de arte da marca, Trevor Fleming, compartilhou o post em seu Instagram pessoal. A atitude do funcionário gerou milhões de críticas no Weibo, acusando-o de xenofobia contra a China, e também foi parar no Twitter

 

Perfil do funcionário da Lululemon
O perfil de Fleming, que não é mais encontrado pelo name trevorfleming, mostrava esta mensagem na biografia: “Peço desculpa por colocar o link na minha bio. Eu não desenhei a camiseta, nem participei de nenhuma parte de sua criação”

 

Artista californiano Jess Sluder
Procurado pela imprensa internacional, artista californiano Jess Sluder se desculpou pela insensibilidade

 

Em post já excluído no Instagram, Sluder anunciou a camiseta com tom de brincadeira, com uma mensagem que agrava ainda mais a leitura polêmica. “De onde vem a Covid-19? Não sabemos, mas sabemos que um morcego estava envolvido”, escreveu. O post acumulou mais de mil comentários com acusações de xenofobia.

A forma como a doença foi transmitida de animais para humanos ainda é desconhecida, mas morcegos foram inicialmente apontados como a origem do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Entretanto, é fato que os primeiros casos foram registrados na China. Por isso, o desenho do morcego associado à caixa de comida chinesa, ligado à origem do vírus, gerou tanta contestação.

Além dos morcegos, a transmissão aos humanos é associada aos pangolins, animais semelhantes aos tatus e consumidos na culinária chinesa. Em março, o presidente norte-americano Donald Trump causou desconforto entre Estados Unidos e China ao se referir ao coronavírus como “vírus chinês”.

Loja da marca canadense Lululemon
Depois da polêmica, a Lululemon demitiu o diretor de arte. “A imagem e a postagem eram inapropriadas e indesculpáveis, e não toleramos esse comportamento”, manifestou porta-voz da marca

 

Pessoas praticando ioga com peças da marca canadense Lululemon
A etiqueta canadense, conhecida pelas roupas de ioga, lamenta “que um funcionário tenha sido afiliado à promoção de uma camiseta ofensiva”

 

Mulher se exercitando com peças da marca canadense Lululemon
“Agimos imediatamente e a pessoa envolvida não é mais uma funcionária da Lululemon”

 

Homem praticando ioga com peças da marca canadense Lululemon
O diretor-executivo da marca emitiu um comunicado interno pedindo atenção para que o comportamento dos funcionários seja alinhado com a “cultura inclusiva” da marca

 

Depois da polêmica, o diretor-executivo da Lululemon, Calvin McDonald, chegou a vincular um comunicado interno chamando atenção para a importância de os funcionários sustentarem a “cultura inclusiva” da marca.

“Um momento como esse reforça a importância da diversidade e inclusão, e cria um ambiente de trabalho positivo. Conto com cada um de vocês para assumir responsabilidade pessoal por seus comportamentos”, comunica o texto citado pelo WWD.

A China é o quarto maior mercado em números de loja da Lululemon, com mais de 38 lojas no país, segundo relatório da marca divulgado em 2019. Famosa pelas roupas para prática de ioga, a etiqueta foi lançada na cidade de Vancouver, em 1998.

Na mensagem, o CEO enfatiza que “ações culturalmente insensíveis ou discriminatórias não serão toleradas em nenhum nível”.

Mulher praticando ioga com peças da marca canadense Lululemon
A Lululemon foi fundada em 1998 por Chip Wilson, que já não trabalha mais na marca
Outras polêmicas

Em meio à polêmica mais recente, alguns internautas lembraram que Chip Wilson escolheu o nome Lululemon justamente porque o fonema da letra L não existe no idioma japonês. O próprio empresário, que já não trabalha na marca, confirmou essa informação, alegando que essa foi uma forma de tornar o nome “norte-americano e autêntico” aos olhos dos consumidores japoneses.

Para os críticos, entretanto, isso também representa xenofobia. Em entrevista à National Post Business Magazine canadense, ele chegou a dizer que é “engraçado” ver japoneses falando o nome da marca, detalhe reacendido pela controvérsia dos últimos dias.

Loja da marca canadense Lululemon
Com a polêmica recente em torno do funcionário, internautas lembraram que o próprio nome da marca remete à falta do fonema L no idioma japonês. Portanto, seria uma forma de xenofobia, na opinião deles

 

Em 2013, a marca também foi criticada. O motivo foi uma declaração do fundador, Wilson, de que suas calças “não funcionam” em alguns corpos femininos.


Colaborou Hebert Madeira

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