Conheça o Osklen AG, tênis mais sustentável da marca até o momento

A Osklen, marca conhecida pelo propósito ecológico, lançou uma linha de tênis que promete apresentar aos clientes o sneaker mais sustentável da etiqueta até o momento. Além dos materiais utilizados no Osklen AG, cujo parte da renda vai para comunidades ribeirinhas e indígenas, o modelo tem certificados de origem e transparência. O calçado, já disponível no e-commerce, reúne as melhores práticas socioambientais da grife.

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Composição eco-friendly

A linha AG é construída com base em materiais eco-friendly, como eco lona (com fibras recicladas de algodão), couro, látex natural da Amazônia e EVA verde, feito 70% com cana-de-açúcar. Os ilhoses são produzidos com uma liga de cobre e zinco, livre de níquel, que é resistente à corrosão. A sucata resultante da produção retorna como matéria-prima.

Por ser feita com algodão reciclado e fibras residuais, a eco lona garante uma maior economia de água durante o processo produtivo, além de evitar emissões de CO2 e ajudar na preservação de lençóis freáticos. No forro, a sarja trabalhada também é feita com materiais reciclados. Muitos dos ingredientes utilizados no calçado, como a mistura do solado, virariam poluição se fossem descartados como lixo.

Enquanto isso, o couro utilizado, que vem de Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul), é curtido sem cromo e rastreado, para garantir que não provém da pecuária em áreas desmatadas. Além disso, tem o certificado internacional de práticas socioambientais corretas LWG Gold. A extração do látex para o solado, feita em Altamira (Pará), não desmata a floresta e gera renda para indígenas e ribeirinhos. Cerca de 10% a 20% da sola vem, também, de materiais reciclados, como borracha, pó de pneu, cortiça e palha de arroz. O látex compõe 45%.

Também há atributos sustentáveis no EVA usado na palmilha, produzida em Triunfo (RS). A cana-de-açúcar, principal matéria-prima trabalhada nessa parte do calçado, ajuda a recuperar o solo. A cada quilo, o material verde captura 2,51 kg de CO2. Todo o cultivo e o plantio são feitos no Brasil.

Compromisso sustentável

Na opinião do fundador e diretor criativo da Osklen, Oskar Metsavaht, a linha simboliza a adoção de uma atitude em prol de uma vida mais de acordo com a sustentabilidade. O Instituto E, que tem o objetivo de promover um desenvolvimento humano mais ecológico, é um parceiro na confecção não só dos tênis, como dos projetos socioambientais da marca em geral.

“Não é de hoje que uma relação mais consciente com o planeta nos inspira na pesquisa e criação de produtos que possam ser uma opção mais sustentável para os nossos clientes”, compartilhou ele em comunicado à imprensa. “Há mais de 20 anos temos nos dedicado, de forma pioneira, ao propósito da sustentabilidade, incorporando nosso estilo e design a produtos éticos que inspirem cada vez mais pessoas a adotarem uma vida mais equilibrada e consciente.”

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No ano ado, a grife comprou 44% da produção de látex da Rede de Cantinas. A atitude beneficiou 25 famílias locais na região da Terra do Meio, em Altamira.

O projeto paraense produz e comercializa ingredientes locais. Dessa forma, ajuda na proteção de mais de 8 milhões de hectares de terras indígenas e de unidades de conservação que o desmatamento e a extração ilegal de madeira ameaçam.

Trajetória socioambiental

Oskar Metsavaht fundou a Osklen em 1989, no Rio de Janeiro. Desde 1998, ela é considerada uma pioneira nas práticas sustentáveis da moda, com o lançamento da primeira camiseta de algodão orgânico. Desde então, foram vários os projetos com proposta de gerar impacto ambiental e social positivos, no sentido de construir uma nova visão do luxo. A empresa é comprometida com a ideia ASAP, que quer dizer “as sustainable as possible, as soon as possible“, ou “o mais sustentável possível, o mais rápido possível”, em tradução literal.

Nos últimos anos, a marca realizou alguns feitos notáveis em prol de um consumo mais eco-friendly. Entre eles, o lançamento de um saco para a lavagem de roupas que inibe a liberação de microplásticos, de origem alemã. Outro destaque foi a linha de peças com tecnologia antiodor, na intenção de reduzir o número de lavagens e, com isso, economizar água. A grife também ganhou um selo internacional de sustentabilidade pelo uso do couro de pirarucu, material que normalmente seria descartado após o consumo do animal como alimento.

Colaborou Hebert Madeira