O Rei do Lixo e a pressão para Caiado desistir de disputar o Planalto
Para entorno de Caiado, caso do Rei do Lixo estaria por trás da pressão do União Brasil para governador adiar pré-candidatura ao Planalto
atualizado
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Aliados de Ronaldo Caiado avaliam que o caso do “Rei do Lixo” estaria por trás da pressão do União Brasil para que o governador de Goiás suspenda o lançamento de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Para o entorno de Caiado, a cúpula do partido estaria atuando contra o evento com receio de que o lançamento incomode setores da política e do Judiciário em Brasília e acabe respingando no inquérito do “Rei do Lixo“.
A investigação começou no fim de 2024, quando a Polícia Federal deflagrou operação para desarticular organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro.
Um dos principais alvos da operação foi o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” por ter empresas de coleta de lixo que prestava serviços para uma série de prefeitos.
O empresário não só é filiado ao União Brasil como integra a executiva nacional do partido. Além disso, é próximo de diversas lideranças da legenda, sobretudo na Bahia, seu estado natal.
A pressão contra Caiado
Conforme a coluna noticiou na segunda-feira (24/3), a cúpula do União Brasil intensificou, nos últimos dias, a pressão para que Caiado adie o lançamento de sua pré-candidatura, marcado para 4 de abril em Salvador.
Nos bastidores, lideranças do partido dizem que o principal motivo para a pressão seria o avanço das negociações para a federação entre PP e União Brasil. Caiado seria contra a união entre as duas siglas.
Outro fator, segundo lideranças do União, seria a desistência do cantor Gusttavo Lima de disputar as eleições de 2026. O partido contava com o artista para alavancar a candidatura presidencial de Caiado.
Caciques do União Brasil ressaltam que, após anunciar sua desistência ao Metrópoles, Gusttavo Lima também avisou que não pretendia mais comparecer ao lançamento de Caiado em Salvador.
O governador de Goiás, contudo, resiste à pressão e promete manter o evento. Aliados dizem, inclusive, que a primeira-dama Gracinha Caiado já está na capital baiana organizando os detalhes.
