O ministério que Lula topa ceder para Arthur Lira
Arthur Lira mira os ministérios da Saúde ou o de Minas e Energia, mas Lula não topa dar essas pastas para o grupo do presidente da Câmara
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ou a cobrar gestos mais concretos de Lula de que seus aliados no Centrão terão espaço garantido no futuro governo.
Segundo petistas próximos ao presidente eleito, Lira mira o comando dos ministérios da Saúde ou de Minas e Energia, pastas de orçamentos robustos na Esplanada.
A cobrança do presidente da Câmara se intensificou nesta semana, quando Lira e Lula tomaram café da manhã. O encontro aconteceu na terça-feira (13/12), no hotel onde o petista está hospedado.
As pastas da Saúde e de Minas e Energia também são alvos do MDB. O grupo do senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário de Lira, tenta impedir que aliados do deputado comandem uma das pastas.
Apesar da cobiça, petistas dizem que o comando do Ministério da Saúde já está definido por Lula. Como noticiou a coluna, a escolhida seria a socióloga Nisia Trindade, atual presidente da Fiocruz.
Aliados de Lula ressaltam que, mesmo que Saúde ainda não tivesse um nome definido, ele dificilmente cederia a pasta para outros partidos, por considerá-la estratégica.
O que Lula topa
Segundo petistas, Lula toparia dar para o grupo de Lira o comando do Ministério da Integração Nacional. A pasta será recriada após o desmembramento do atual Ministério do Desenvolvimento Regional.
A ideia é que o presidente da Câmara indique um aliado para o cargo. Líder do União Brasil na Câmara e próximo de Lira, o deputado Elmar Nascimento (BA) tem interesse no posto.
O parlamentar baiano é o padrinho político do atual presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão ligado à área de integração nacional.
Contra ele, no entanto, pesam os fatos de já ter feito duras críticas a Lula no ado e de ser adversário do PT da Bahia, uma das alas mais influentes dentro do partido atualmente.
Mais um embate
Lira, no entanto, pode ter novo embate com o MDB, caso tope ficar com a Integração Nacional. A pasta também é citada por aliados de Renan Calheiros como de interesse do partido.
