Malafaia acusa Hugo Motta de atuar para “se proteger” de investigações
Pastor Malafaia diz que Hugo Motta prioriza projetos de interesse do Judiciário em detrimento da anistia para “se proteger” de investigações
atualizado
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Após atacar o presidente da Câmara no ato pró-anistia na Avenida Paulista no fim de semana, o pastor Silas Malafaia voltou a subir o tom contra Hugo Motta (Republicanos-PB) nesta terça-feira (8/4).
Em vídeo obtido pela coluna em primeira mão, Malafaia reclama que, ao mesmo tempo em que resiste a pautar o projeto da anistia, Motta pautou urgências de quatro projetos de interesse do Judiciário.
Os projetos aos quais o pastor se refere são o PL 769/2000 24; o PL 4303/2024; o PL 1/2025 e o PL 2/2025, cujos requerimentos de urgências estão previstos para serem votados nesta terça, no plenário da Câmara.
Nas palavras do religioso, Motta prioriza as propostas do Judiciário porque estaria querendo “se proteger” de investigações da Polícia Federal contra ele e seu pai, o atual prefeito de Patos (PB), Nabor Wanderley.
“Quero deixar claro que eu não sou contra os projetos do judiciário, mas esse jogo sujo, vergonhoso, injusto. Projetos que não tem urgência, ele está pautando. Ele está a serviço de Alexandre de Moraes e de Lula, que são contra a anistia. E também ele está pautando os projetos judiciários. porque tem investigação da Polícia Federal contra ele e o pai dele, ele quer se proteger”, disparou Malafaia no vídeo, que será publiccado pelo pastor nas redes sociais.
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, Hugo Motta ainda não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações do presidente da Câmara.
Condição de Motta
Apesar da pressão de bolsonaristas, Hugo Motta tem dito nos bastidores que todos seus movimentos em relação ao tema da anistia deverão ser acordados previamenente com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Como a coluna noticiou no domingo (6/4), o atual presidente da Câmara pretende, inclusive, conversar com Alcolumbre sobre o projeto da anistia nos próximos dias, possivelmente ainda nesta semana.
Para Motta, o movimento coordenado com o chefe do Senado seria necessário para evitar que o deputado avance com o projeto sozinho, sem respaldo do Senado, e, assim, acabe ficando com o desgate sozinho perante o STF.