Grupo de Doria sugere abandonar reconhecimento facial em aplicativo
Sugestão veio após sistema de votação remota apresentar problemas e provocar suspensão das prévias do PSDB ao nesse domingo (21/11)
atualizado
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Após problemas no reconhecimento facial do aplicativo de votação remota provocarem a suspensão das prévias do PSDB nesse domingo (21/11), aliados do governador de São Paulo, João Doria, aram a defender abandonar de vez o aparato de verificação.
No lugar do reconhecimento facial, integrantes da campanha de Doria propõe enviar direto aos filiados um código que permita ar o aplicativo e participar da escolha do pré-candidato tucano à Presidência da República nas eleições de 2022.
No domingo, a maior parte dos filiados que se cadastraram para votar pelo aplicativo não conseguiu devido a erros no sistema. Assim, somente uma minoria, incluindo aqueles que votaram por meio de urnas eletrônicas em Brasília, tiveram seus votos computados.
O principal entrave teria sido falha no sistema de reconhecimento facial, parte do processo de segurança da votação. Como mostrou a coluna, o partido também investiga um possível ataque hacker ao aplicativo, desenvolvido exclusivamente para as prévias.
A sugestão de trocar o reconhecimento por um código estará na mesa de negociações nesta segunda-feira (22/11). Haverá uma reunião técnica, entre o final da manhã e o início da tarde, para verificar o quão complicada é a solução para que o aplicativo funcione.
Para os aliados do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, principal adversário de Doria nas prévias, a solução pode ser adotada, desde que mantenha a segurança do aplicativo, para garantir que não haja fraude na votação remota.
“Pode ser, se o código garantir integridade. Mas cabe a eles (equipe de Doria) apresentar a solução”, avaliou à coluna o senador José Aníbal (PSDB-SP), que coordenou até a sexta-feira (19/11) a comissão das prévias, quando abandonou para anunciar apoio a Leite.
A campanha de Doria criticou a segurança do programa e a decisão da direção do PSDB de manter o contrato com a FAUGRS (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), responsável por desenvolver o aplicativo. Lembraram que sugeriram que a votação fosse toda feita em urnas eletrônicas.
“Foi alertado durante todo o processo sobre a fragilidade do aplicativo e os problemas de instabilidade e insegurança que o modelo proposto poderia trazer para as primárias”, disseram em nota o governador de São Paulo e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio também candidato nas prévias.