Exploração de petróleo na Foz do Amazonas provoca divisão no PSol
Dirigente estadual do PSol reagiu a projeto do deputado psolista Ivan Valente que visa proibir a exploração de gás e petróleo na Amazônia
atualizado
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Motivo de conflito entre diferentes alas do governo Lula, a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na foz do Rio Amazonas, também provocou divergências dentro do PSol.
Na quarta-feira (16/4), o deputado Ivan Valente (PSol-SP) apresentou um projeto para proibir a exploração de gás e petróleo na Amazônia, o que inviabilizaria os planos da Petrobras.
Presidente do PSol no Amapá, o ex-deputado Paulo Lemos reagiu à iniciativa do colega de partido e disse que Valente, apesar de ser um “valoroso companheiro”, está “equivocado”.
“O deputado Ivan Valente é um valoroso companheiro, mas está equivocado ao apresentar uma proposta contrária à pesquisa petrolífera na Margem Equatorial. Pretendo debater essa questão no âmbito do PSol e convidar o deputado paulista a conhecer mais de perto a realidade do Amapá, bem como a excelência da Petrobras na extração de petróleo de forma ambientalmente sustentável”, escreveu.
Entenda
- A Margem Equatorial é uma região da costa do Brasil que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. É apontada como uma nova fronteira de exploração de petróleo e gás.
- A Margem Equatorial é composta por cinco bacias sedimentares: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
- A Petrobras prevê um investimento de mais de US$ 3 bilhões na Margem Equatorial até 2028. O plano de negócios da companhia projeta a perfuração de 16 poços na região.
No início de março, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse à coluna esperar que o Ibama autorize a fase dos estudos para exploração na Margem Equatorial até junho de 2025.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, quando aprovada pelo Ibama, a fase de estudos para a exploração de petróleo na região deve durar cerca de oito meses.
Silveira e o presidente Lula têm defendido a exploração de petróleo na Margem Equatorial. O tema, porém, divide opiniões dentro do governo e atrai críticas de ambientalistas.