Com dificuldade, Planalto só definirá líder no Senado após Carnaval
Tendência hoje é convencer o atual líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a acumular o cargo
atualizado
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Com dificuldades para achar um nome, o Palácio do Planalto resolveu deixar para depois do Carnaval a definição de quem será o novo líder do governo no Senado.
O cargo está vago há quase três meses, desde 15 de dezembro de 2021, quando o então titular do posto, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deixou a liderança.
Segundo fontes palacianas, o presidente Jair Bolsonaro conversa especialmente com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, para tomar sua decisão.
A dificuldade do Planalto tem sido encontrar um nome que, ao mesmo tempo, tenha boa capacidade de interlocução com senadores de diferentes alas, tope assumir a liderança em um ano eleitoral e agrade a Bolsonaro.
Cotados para o cargo, os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (PL-RO), por exemplo, teriam ambições eleitorais em seus respectivos governos estaduais.
Nesse cenário, ambos ariam boa parte dos próximos meses mais concentrados em suas pré-campanhas do que nas necessidades do Planalto na Casa Legislativa.
Como já noticiou a coluna, a tendência principal hoje tem sido convencer o atual líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a acumular o cargo de líder no Senado.
Convite recusado
O plano inicial do Planalto era nomear o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), aliado de primeira hora do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Como a coluna antecipou em 1º de fevereiro, Silveira, no entanto, decidiu recusar o convite, por não ter apoio da direção do PSD e de parte da bancada da sigla no Senado.