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Segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, uma eventual nova posição do Brasil virá por meio da adesão a resoluções multilaterais de órgãos internacionais condenando a ação russa. Um dos caminhos seria o Brasil eventuais resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro rotativo, da Assembleia-Geral da ONU ou até do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo. No caso do Conselho de Segurança, a avaliação do governo brasileiro é de que uma declaração condenando a Rússia será mais difícil de sair, uma vez que os russos ocupam a presidência do colegiado no momento. Integrantes do governo brasileiro ressaltaram à coluna que a possibilidade de um posicionamento unilateral do Brasil condenando a Rússia já foi descartada internamente. 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Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images4 de 18Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images 5 de 18Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles 6 de 18Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images 7 de 18A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images8 de 18Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação 9 de 18Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do ime entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no ado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP 10 de 18Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images 11 de 18Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images12 de 18O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images13 de 18Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles 14 de 18Em meio à troca de acusações, os Estados Unidos dizem que há uma ameaça \"iminente\" de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa OrientalGetty Images15 de 18Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a áreaAlexei NikolskyTASS via Getty Images)16 de 18Como resposta, a União Europeia e os Estados Unidos proibiram transações econômicas com bancos e entidades que financiam o aparato militar da Rússia. As medidas atingem políticos russos, bancos, o setor de defesa e de mercados de capitaisGetty Images17 de 18O Ministério das Relações Exteriores russo informou que evacuou os últimos diplomatas em serviço no país vizinho. Para a chancelaria de Putin, os diplomatas russos correm risco de sofrer violência Getty Images18 de 18Sob risco de invasão, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu mais armas aos países do Ocidente. Ele defendeu que essa seria uma forma de resistir contra a RússiaGetty Images O assunto vem sendo discutido principalmente no âmbito do Itamaraty, cujos diplomatas têm mantido conversas constantes sobre a crescente tensão entre os dois países do leste europeu. Segundo fontes do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deu autonomia para o Itamaraty tocar o tema. O presidente pediu apenas para que órgão o comunique antes, caso decida aderir a alguma resolução multilateral. Contradição Defensores de uma posição mais dura do Brasil em relação à Rússia lembram que Bolsonaro sempre adotou a defesa da soberania como uma das tônicas principais de seus discursos internacionais. Nesse contexto, avaliam que esse discurso presidencial pode ser questionado por outros líderes mundiais, caso o Brasil se mantenha neutro e não condene a violação da soberania da Ucrânia. Há quem lembre que até mesmo os discursos de Bolsonaro em defesa da soberania brasileira sobre a Floresta Amazônica podem ser atacado, caso o Brasil não condene a ação russa. Neutralidade brasileira Até o momento, o Brasil vem optando por não condenar explicitamente as ameaças de invasão russa na Ucrânia e por pregar uma solução pacífica que leve em consideração as preocupações de todas as partes envolvidas. Uma declaração nesse sentido foi feita na segunda-feira (21/2) no Conselho de Segurança da ONU  pelo embaixador Ronaldo Costa Filho, representante brasileiro no colegiado. Na fala, o diplomata classificou a situação entre Rússia e Ucrânia como “crítica” e disse que o Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com “extrema preocupação”. Leia também Igor Gadelha Mesmo com tensão, Brasil pretende manter diplomatas na Ucrânia por ora Igor Gadelha Planalto quer evitar novo atrito com EUA por causa da Rússia O embaixador também apelou à “imediata desescalada” e reiterou o compromisso brasileiro de apoiar os “esforços políticos e diplomáticos” para uma solução pacífica da crise. Costa Filho ressaltou que os pilares do direito internacional, que baseiam o sistema de segurança coletiva da ONU, só produzirão resultados se as “preocupações legítimas de todas as partes sejam levadas em consideração”. O representante brasileiro ainda defendeu um “cessar-fogo imediato”, com “retirada abrangente” de tropas. Em nenhum momento, contudo, condenou diretamente as ameaças da Rússia. Solidariedade? Durante encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, na semana ada em Moscou, Bolsonaro chegou a dizer que os brasileiros eram “solidários à Rússia”, sem especificar a que se referir. Em uma segunda declaração, porém, mudou o tom e disse que o Brasil é solidário e respeita países que defendem soluções pacíficas para eventuais conflitos. 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Brasil discute abandonar neutralidade e condenar ação russa na Ucrânia

Eventual nova posição do Brasil virá por meio da adesão a resoluções multilaterais de órgãos internacionais condenando a Rússia

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1 de 1 Itamaraty - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com a escalada da tensão no leste europeu nos últimos dias, o governo brasileiro discute internamente abandonar a posição de neutralidade e ar a condenar as ações da Rússia na Ucrânia.

Segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, uma eventual nova posição do Brasil virá por meio da adesão a resoluções multilaterais de órgãos internacionais condenando a ação russa.

Um dos caminhos seria o Brasil eventuais resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro rotativo, da Assembleia-Geral da ONU ou até do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo.

No caso do Conselho de Segurança, a avaliação do governo brasileiro é de que uma declaração condenando a Rússia será mais difícil de sair, uma vez que os russos ocupam a presidência do colegiado no momento.

Integrantes do governo brasileiro ressaltaram à coluna que a possibilidade de um posicionamento unilateral do Brasil condenando a Rússia já foi descartada internamente.

Essas fontes também destacaram que, por enquanto, não há qualquer discussão sobre possíveis sanções econômicas ou outras medidas do tipo do Brasil em relação à Rússia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra

Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do ime entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no ado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 18

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 18

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Em meio à troca de acusações, os Estados Unidos dizem que há uma ameaça "iminente" de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa Oriental

Getty Images
15 de 18

Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a área

Alexei NikolskyTASS via Getty Images)
16 de 18

Como resposta, a União Europeia e os Estados Unidos proibiram transações econômicas com bancos e entidades que financiam o aparato militar da Rússia. As medidas atingem políticos russos, bancos, o setor de defesa e de mercados de capitais

Getty Images
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O Ministério das Relações Exteriores russo informou que evacuou os últimos diplomatas em serviço no país vizinho. Para a chancelaria de Putin, os diplomatas russos correm risco de sofrer violência

Getty Images
18 de 18

Sob risco de invasão, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu mais armas aos países do Ocidente. Ele defendeu que essa seria uma forma de resistir contra a Rússia

Getty Images

O assunto vem sendo discutido principalmente no âmbito do Itamaraty, cujos diplomatas têm mantido conversas constantes sobre a crescente tensão entre os dois países do leste europeu.

Segundo fontes do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deu autonomia para o Itamaraty tocar o tema. O presidente pediu apenas para que órgão o comunique antes, caso decida aderir a alguma resolução multilateral.

Contradição

Defensores de uma posição mais dura do Brasil em relação à Rússia lembram que Bolsonaro sempre adotou a defesa da soberania como uma das tônicas principais de seus discursos internacionais.

Nesse contexto, avaliam que esse discurso presidencial pode ser questionado por outros líderes mundiais, caso o Brasil se mantenha neutro e não condene a violação da soberania da Ucrânia.

Há quem lembre que até mesmo os discursos de Bolsonaro em defesa da soberania brasileira sobre a Floresta Amazônica podem ser atacado, caso o Brasil não condene a ação russa.

Neutralidade brasileira

Até o momento, o Brasil vem optando por não condenar explicitamente as ameaças de invasão russa na Ucrânia e por pregar uma solução pacífica que leve em consideração as preocupações de todas as partes envolvidas.

Uma declaração nesse sentido foi feita na segunda-feira (21/2) no Conselho de Segurança da ONU  pelo embaixador Ronaldo Costa Filho, representante brasileiro no colegiado.

Na fala, o diplomata classificou a situação entre Rússia e Ucrânia como “crítica” e disse que o Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com “extrema preocupação”.

O embaixador também apelou à “imediata desescalada” e reiterou o compromisso brasileiro de apoiar os “esforços políticos e diplomáticos” para uma solução pacífica da crise.

Costa Filho ressaltou que os pilares do direito internacional, que baseiam o sistema de segurança coletiva da ONU, só produzirão resultados se as “preocupações legítimas de todas as partes sejam levadas em consideração”.

O representante brasileiro ainda defendeu um “cessar-fogo imediato”, com “retirada abrangente” de tropas. Em nenhum momento, contudo, condenou diretamente as ameaças da Rússia.

Solidariedade?

Durante encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, na semana ada em Moscou, Bolsonaro chegou a dizer que os brasileiros eram “solidários à Rússia”, sem especificar a que se referir.

Em uma segunda declaração, porém, mudou o tom e disse que o Brasil é solidário e respeita países que defendem soluções pacíficas para eventuais conflitos.

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