Filiação de Bolsonaro ao PL chamusca fama de Valdemar em Brasília
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto sempre foi conhecido como “cumpridor de palavra”, mas teve de voltar atrás em acordo por Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia

A filiação de Bolsonaro ao PL chamuscou a fama que Valdemar Costa Neto, o chefe do partido, sempre carregou em Brasília.
Apesar de ter sido preso no escândalo do mensalão, Valdemar é visto no universo político como um “cumpridor de palavra”. Para ter Bolsonaro no partido, contudo, o cacique do PL está revendo acordos que tinha firmado pelo país.
A primeira quebra de palavra ocorreu em São Paulo. Valdemar irá retirar o apoio que havia garantido à candidatura de Rodrigo Garcia ao governo estadual. Bolsonaro se nega a apoiar o vice-governador de João Doria e quer lançar o ministro Tarcísio de Freitas ao Palácio dos Bandeirantes.
Não há dúvidas de que Bolsonaro também colocará empecilhos para o PL cumprir os pré-acordos firmados com o PSB, em Pernambuco, e com o PT, no Piauí.
Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas dizia aos interlocutores que a parceria com o presidente seria importante para a sigla crescer em nível nacional.
Com Bolsonaro, o PL quer ampliar a bancada na Câmara para 65 deputados, o que lhe garantiria aumento substancial na verba do fundo partidário.