Em NY, Mario Frias buscou tornar jiu-jitsu patrimônio nacional
Câmara tem dois projetos com esse objetivo; viagem de Mario Frias, secretário especial de Cultura, a Nova York custou R$ 78 mil
atualizado
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A controversa reunião do secretário especial de Cultura, Mario Frias, em Nova York com o lutador de jiu-jitsu bolsonarista Renzo Gracie buscou declarar a luta como patrimônio histórico brasileiro. Dois projetos de lei tramitam na Câmara desde 2019 com esse mesmo objetivo. A viagem de Frias, em dezembro, custou R$ 78 mil aos cofres públicos.
As informações do encontro em solo americano, que aconteceu das 13h às 16h em 16 de dezembro, constam do relatório da viagem. O prédio da reunião fica em uma área nobre de Nova York, a apenas dois quarteirões do famoso Empire State Building.
A iniciativa de Frias para tentar tombar a luta como patrimônio nacional poderia ser menos onerosa ao contribuinte. Em vez de voar a Nova York de última hora com seu auxiliar Hélio Ferraz, como mostrou o jornalista Lauro Jardim, Frias poderia trabalhar para apoiar um dos dois projetos de lei que tramitam na Câmara em prol de homenagear o jiu-jitsu.
Em 2019, já no governo Bolsonaro, dois deputados apresentaram propostas para declarar a luta como patrimônio cultural nacional: o deputado bolsonarista Delegado Antônio Furtado, do União Brasil do Rio de Janeiro, e o deputado Rubens Bueno, do Cidadania do Paraná. Ambos estão abandonados por governo e oposição: aguardam um parlamentar que tope ser o relator.