“Não podemos esquecer a desgraça do governo do PT e Rollemberg”, diz Ibaneis
O governador Ibaneis Rocha disse que investiu quase R$ 50 bilhões na saúde no período de cinco anos
atualizado
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deixou a postura de defesa e partiu para o ataque após críticas à gestão da saúde. Ibaneis afirmou que investiu R$ 50 bilhões na área e chamou os governos anteriores, de Agnelo Queiroz (PT) e de Rodrigo Rollemberg (PSB), de “incompetentes” e “desgraça”.
Em meio às discussões sobre o pedido de instalação da I da Saúde, que perdeu força na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) após votação nesta terça-feira (4/6), Ibaneis afirmou que os opositores “esquecem o tamanho da incompetência dessas duas istrações”. As declarações foram dadas durante agendas em Taguatinga, nesta terça-feira (4/6).
“A gente vem tirando o atraso dos governos que aram por aí. Nós não podemos esquecer a desgraça que foi o governo do PT e a desgraça que foi o governo do Rollemberg. Tem hora que parece que eles esquecem o tamanho da incompetência dessas duas istrações. E nós não podemos esquecer isso. Nós já investimos, ao longo desses últimos cinco anos, quase R$ 50 bilhões para melhorar a saúde do Distrito Federal. E estamos trabalhando cada vez mais”, afirmou o governador.
Ibaneis citou que enviou à CLDF, nesta terça-feira, projeto de lei para contratação de mais médicos. Nesta terça-feira, o GDF nomeou 146 médicos, 20 enfermeiros e 21 técnicos de enfermagem. Em abril deste ano, foram contratados mais 461 médicos – 240 efetivos, 21 substituindo candidatos que não se apresentaram no chamamento público e 200 temporários.
O governador prometeu lançar, em breve, a licitação do Hospital de São Sebastião. Ibaneis alfinetou, sem citar nomes, um parlamentar do PT que teria questionado a necessidade da construção do hospital e afirmou que “esses incompetentes não vão voltar mais ao Governo do Distrito Federal”.
“Um deputado do PT teve coragem de perguntar na Câmara Legislativa: ‘Para quê construir o hospital">
I da Saúde
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) publicou, nessa segunda-feira (3/6), o requerimento para criação da I de Fraudes ao ICMS e da I de Combate à Violência contra a Mulher.
A CLDF também tem pedido formalizado para criação da I do Rio Melchior e da I da Saúde, a mais recente. Porém, o regimento interno proíbe que haja, ao mesmo tempo, mais que duas Is em funcionamento na CLDF. A exceção é se houver apoio da maioria dos deputados (13 de 24).
O Colégio de Líderes da CLDF decidiu, nesta terça-feira (4/6), rejeitar o pedido para que a I da Saúde fosse instalada com urgência. Foram cinco votos contra a inversão da ordem das comissões e três a favor.
Reações
Após as declarações de Ibaneis, os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) reagiram.
Agnelo afirmou que a gestão dele acabou há nove anos. O petista citou que contratou, por meio de concurso público, 16 mil servidores para a saúde do DF, reformou as unidades de saúde, criou as primeiras seis UPAs e nove clínicas da família, as atuais UBSs. “Aumentamos muito a atenção primária. Quando recebi, a cobertura era de 18%. Deixei em 70%. Recuperei o Samu completamente”, disse.
“Se ele [Ibaneis] gastou R$ 48 bilhões ou R$ 50 bilhões na saúde, ninguém sabe onde foi. A saúde pública está uma tragédia humana. Mais de 350 pessoas morreram de dengue, uma doença evitável. É só comparar com a tragédia do Rio Grande do Sul, que é de dimensões nunca vistas, na qual morreram 172 pessoas”, declarou o ex-governador.
Agnelo disse que a criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), para gerir o Hospital de Base, de Santa Maria e as UPAs, “quebrou a coluna vertebral do sistema de saúde pública”.
O ex-governador afirmou que a culpa atribuída por Ibaneis aos antecessores em relação aos problemas da saúde pública tem objetivo de “acobertar que paciente com diagnóstico de câncer a quase dois anos, 600 dias, para ser atendido”. “Cada dia que a sem atendimento e tratamento, a possibilidade de um câncer ser curado fica mais difícil. Em dois anos sem tratamento, não existe nenhuma patologia de câncer que ainda vai ser curável. Pode amenizar, mas cura não. É muito grave e está abreviando a vida por não assegurar assistência e tratamento de câncer. Isso tem nome: é assassinato.”
“É mais fácil dizer que foram os outros porque não consegue resolver os problemas depois de cinco anos de governo. Desgraçado é o governo dele, porque tem uma política de destruição de saúde pública e a conta já chegou para o nosso povo”, enfatizou.
Rollemberg disse que Ibaneis é “leviano” e “irresponsável” por “ficar acusando governos anteriores pelo caos na saúde”. “O senhor já governa o Distrito Federal há seis anos”, pontuou.
O antecessor de Ibaneis afirmou que criou o Instituto Hospital de Base, antes do Iges-DF, para “reduzir tempo e valor das compras”. “Você criou o Iges e o transformou em antro de corrupção e cabide de empregos. Aumentou gastos sem melhorar os atendimentos”, declarou Rollemberg.