Bomba no DF: Justiça amplia acusação contra bolsonarista, que pode pegar pena mais alta
George Washington de Oliveira Sousa foi preso após uma bomba ser encontrada nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília
atualizado
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A 8ª Vara Criminal de Brasília aceitou, na segunda-feira (6/2), ampliar a acusação contra o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ter participado da tentativa de atentado a bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022.
George Washington já respondia pelo crime de explosão, previsto no Artigo 251 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 3 a 6 anos, mais multa. George Washington também foi acusado de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Agora, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fez aditamento da denúncia para incluir o crime de posse ou porte ilegal de cinco explosivos apreendidos na caminhonete dele. A pena prevista é de 3 a 6 anos, mais multa.
Em depoimento à Polícia Civil do DF (PCDF), George Washington disse que “pegou em armas para derrubar o comunismo”. Em depoimento, ele também declarou que tinha intenção de distribuir armamentos para grupos acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era rear parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, alegou.
George Washington foi preso na noite da véspera do Natal de 2022, horas após as forças de segurança do DF recolherem um explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. A bomba estava em um caminhão de combustível que entraria no aeroporto.
O preso disse ter gastado cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de Xinguara (PA) para a capital federal, onde participava de atos em frente ao QG do Exército desde 12 de novembro.