Advogado preso por xingar jovem de preta e ex de puta deixará cadeia
Everardo Braga Lopes foi preso por injúria após xingar jovem que pediu para que ele usasse máscara. Ele permaneceu detido por ameaça à ex
atualizado
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O advogado Everardo Braga Lopes, 61 anos, preso por chamar uma jovem de “preta” e “fedorenta” e ainda ameaçar a ex-esposa, vai deixar a cadeia e usar tornozeleira eletrônica.
Everardo foi preso em 15 de dezembro de 2021 por xingar uma mulher de 25 anos após ela pedir para que ele usasse máscara de proteção facial em um supermercado de Itapoã, região istrativa do Distrito Federal.
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Dois dias depois da prisão, o homem ou por audiência de custódia na qual a Justiça decidiu colocá-lo em liberdade no caso das acusações de injúria racial. O advogado, porém, permaneceu na cadeia porque ameaçou a ex-esposa, que já tinha medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha.
Segundo o processo judicial, Lopes enviou áudio à ex-mulher chamando-a de “puta” e “vagabunda”. O arquivo foi enviado ao filho do casal, de 10 anos. Everardo ordenou, em tom de ameaça, que a criança mostrasse a mensagem à mãe. O advogado acusa a ex-companheira de ter dois amantes.
“Ô, puta, tua qualificação já esgotou, vagabunda”, disse o homem no áudio. Depois, ao falar dos supostos amantes, Everardo afirmou que “os dois são bandidos e estão te comendo de graça, vagabunda. Mas eles não têm pau e chupam essa buceta fedorenta e escorrenta. Tu tá fodida”.
Segundo o que foi contado à polícia, Everardo e a ex-esposa romperam amigavelmente o relacionamento em maio de 2021. Depois da separação, o advogado continuou a pagar algumas contas da mulher, entre elas a de telefone. O homem, então, pegou a descrição detalhada dos números para quem ela fez ligações e entrou em contato com todos eles.
Depois disso, ele teria ficado agressivo, ciumento e ou a monitorá-la. Em seguida, a ex-mulher pediu medidas protetivas, que foram deferidas e valeram até 31 de janeiro de 2022.
Em decisão publicada nesta sexta-feira (18/3), o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Planaltina revogou a prisão preventiva de Lopes. A juíza Maria Luisa Silva Ribeiro argumentou que se aram 90 dias desde a prisão do homem “sem que qualquer responsabilidade possa ser imputada ao réu”.
O advogado estava detido na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) e, na quarta-feira (16/3), foi transferido para a Sala de Estado Maior do 19º Batalhão da Polícia Militar, onde ficam os advogados que são presos.