Acionista minoritário propõe bônus a diretores da CEB que somam R$ 1 milhão
Acionista minoritário da CEB sugeriu o pagamento de seis salários a mais para presidente e três diretores da companhia. Medida será barrada
atualizado
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Uma das pautas da assembleia de acionistas da Companhia Energética de Brasília (CEB), agendada para a próxima sexta-feira (30/4), deixou muita gente que tomou conhecimento do fato de cabelo em pé.
Um dos acionistas ativistas minoritários da CEB, Francois Moreau propôs para a pauta da assembleia o pagamento de bônus ao presidente da companhia e a outros três diretores que, somados, chegariam a R$ 1.020.536.
Cada dirigente receberia o equivalente a seis salários de uma só vez. A remuneração do presidente da CEB é de R$ 36 mil. E a dos diretores, R$ 33 mil. Além do bônus, entrará em discussão aumento de remuneração aos dirigentes com correção atrelada ao IPCA.
Os adicionais foram propostos com base na justificativa de valorização da empresa, que, recentemente, vendeu o braço de distribuição para o grupo Neoenergia. As ações da companhia saltaram de R$ 23 para R$ 247.
Em pronunciamento durante sessão da Câmara Legislativa dessa quarta-feira (28/4), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) disse que a operação é “inaceitável” e “inexplicável”. E que levaria o caso ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.
O presidente da CEB Iluminação Pública e Serviços, Edison Garcia, disse à Grande Angular que a proposta do bônus não ará na reunião de sexta e que, por isso, não haverá pagamento do extra, nem aumento de salário.
Segundo Garcia, a sugestão de premiação foi tema de deliberação no GDF, que considerou a medida inadequada. Nota técnica da Secretaria de Economia enviada à Procuradoria-Geral do DF indica a rejeição da proposta.
“A análise que se fez é que esta proposta não está aderente com a política de remuneração das empresas públicas do GDF e que, portanto, será rejeitada”, frisou Edison Garcia.
O GDF é acionista controlador da Companhia Energética de Brasília. A CEB é uma companhia aberta com ações em bolsa de valores, e 20% de seu capital social estão em titularidades de acionistas privados.
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