Arrependimento da Globo por perder Libertadores e F1 só aumenta
Há uma ordem dentro da emissora para recuperar os dois eventos, custe o que custar. Mas SBT e Band não vão “deixar barato”
atualizado
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Diz o ditado que, se arrependimento matasse, ninguém se arrependeria. Pois foi exatamente esse o sentimento que tomou conta dos diretores da Rede Globo, após ver a Tv Bandeirantes assumir a liderança no Ibope, domingo (14/11), na transmissão do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1.
Durante a transmissão, a Band ocupou a liderança por 33 minutos e chegou a alcançar a diferença de 1,5 ponto no confronto com a Globo, sua principal concorrente, às 15h20. E, não por acaso, a coluna Radar da revista Veja publicou uma nota, que na verdade é apenas uma frase, mas que manda um recado para os concorrentes e também para o mercado publicitário: “A ordem na Globo é recuperar a Libertadores do SBT e a Fórmula 1 da Band”.
Sabe-se, de antemão, que não será uma tarefa fácil. No caso da Libertadores, semanas atrás uma fonte da coluna no SBT garantiu que a emissora de Silvio Santos vai partir para o confronto. Não abre mão da Libertadores por hipótese alguma. E mais: o contrato com a Conmebol vai até o final de 2022. Portanto, se a Globo quiser mesmo readquirir os direitos do torneio, isso só aconteceria a partir de 2023.
No caso da Fórmula 1, os ótimos resultados alcançados no Ibope são a garantia de um substancial aumento no faturamento. Haverá certamente resistência contra as investidas globais. Além disso, há cláusulas no contrato que dão preferência à Band.
Quando desistiu da Libertadores e da Fórmula 1, a estratégia da Globo visava, evidentemente, uma espécie de readequação financeira. Esse planejamento, segundo a coluna de Léo Dias aqui no Metrópoles, ainda está em andamento em outras áreas, como teledramaturgia, por exemplo. Resta saber se haverá fôlego para esquecer o Ebitda (lucro operacional líquido + depreciações + amortizações) das empresas e aumentar os gastos com eventos que custam caro, muito caro.
Conclui-se, portanto, que arrependimento não mata. Só mostra o quanto uma pessoa (ou um grupo empresarial) pode tomar decisões equivocadas.
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