Civil prende suspeitos de desvios de R$ 10 mi de contratos em Goiás
Operação Obra Simulada mira ex-presidente de agência de transporte e empresa contratada para reforma de prédios públicos
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás prendeu na manhã desta terça-feira (28) Lucas Vissoto, ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) por suspeita de desvios em um contrato para reforma de prédios públicos.
A ação foi batizada de Obra Simulada e mira um contrato para serviços de reforma e manutenção de 26 prédios públicos em Goiás. O valor contratado, segundo a Civil, é de R$ 27 milhões.
Segundo a Polícia Civil, as irregularidades foram reportadas em relatório técnicos e inspeções realizadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura.
Segundo esses relatos, diz a Civil, a empresa contratada “obteve diversos pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras ou serviços fossem suficientemente realizados para justificar os pagamentos”.
Há ainda, segundo os investigadores, fortes indícios de superfaturamento.
“Estima-se que os prejuízos iniciais ao erário público, causados pelos pagamentos indevidos, tenham sido de mais de R$ 10 milhões, estando excluído deste valor o dispêndio que o Estado ainda terá para reconstruir as estruturas que foram demolidas, mas não reerguidas pela empresa contratada”, disse a Civil em nota.
A Polícia afirma que há a suspeita de um esquema de “avocação premeditada de procedimentos de contratação” para beneficiar empresas contratadas e agentes públicos que são investigados.
Outro foco da investigação é apurar lavagem de dinheiro, uma vez que foi descoberto um fluxo de rees para outras empresas sediadas no Distrito Federal e ligadas a familiares e amigos de um sócio oculto da empresa.
Os investigadores também mapearam diversos saques na boca do caixa logo após os pagamentos recebidos pela empresa.
No total, são cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 24 de busca e apreensão e outras diligências de quebras de sigilo e bloqueio de bens.