Perito do caso Ana Hickmann protagonizou polêmica contra padre
Responsável por analisar da apresentadora numa negociação bancária, Reginaldo Tirotti periciou vídeo atribuído a Julio Lancelotti
atualizado
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A coluna Fábia Oliveira, sempre atenta a tudo, descobriu em primeira mão que o perito que analisa as s de Ana Hickmann numa negociação com o Banco Daycoval, protagonizou uma polêmica contra o Padre Julio Lancelotti. Reginaldo Tirotti analisou um vídeo de cunho sexual, atribuído ao religioso
O caso repercutiu em 2020, quando as imagens de um homem se masturbando para um menino de 16 anos viralizou na web. O nome do padre logo ganhou as redes sociais, por conta da semelhança com a pessoa que batia papo com o jovem. A conversa teria acontecido em fevereiro de 2019.
Perícia do suposto vídeo de Padre Julio Lancelotti
A Tirotti Perícias Judiciais e Avaliações garantiu se tratar de Julio Lancelotti no registro. O profissional afirmou que houve interação dele com o menor de idade, com base nas publicações do líder espiritual nas redes sociais. No entanto, o pontífice negou as acusações.
A Tirotti ainda ressaltou ter comparado as feições da pessoa mostrada na gravação com as de Lancelotti, quadro a quadro, reforçando existir características com as do padre. Reginaldo também negou que tenha sido usada Inteligência Artificial (IA) para produzir o vídeo.
A perícia foi um pedido do vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil). A Revista Oeste publicou o resultado das análises, que renderam 79 páginas, em janeiro de 2024.
Outro perito contestou os resultados
Mario Gazziro fez o mesmo trabalho a mando da Revista Fórum. Na ocasião, contestou o resultado de Reginaldo Tirotti, argumentando que a técnica usada não era efetiva para identificar montagens com IA.
Para Gazziro, a perícia não levou em conta a possibilidade de recriação de cenário para incriminar alguém. Declarou que a empresa ignorou outros objetos no ambiente, como um quadro.
No entanto, dias depois, mudou a versão comentando que a análise de Reginaldo estava correta, porém apontou que criminosos poderiam ter forjado o local da gravação e contratado um sósia do Padre Julio.
Ele ainda falou acreditar que o vídeo tenha sido divulgado nos “porões da internet” e vendido tempos depois para rivais políticos de Lancelotti.
Caso arquivado
Em novembro do ano ado, a Arquidiocese de São Paulo arquivou a investigação contra o Padre Julio Lancelotti. Ele havia sido denunciado por abusar sexualmente de menores.
Segundo a instância da Igreja Católica, não foi possível “confirmar a verossimilhança” da queixa, depois de ouvir pessoas que tiveram envolvimento com o pontífice. Inclusive, foi criada uma Comissão de Investigação Prévia para averiguar mais detalhadamente cada caso.
“Conforme prevê o Direito Canônico, a investigação foi arquivada pela Cúria Metropolitana no início de novembro de 2024”, informaram.
Entenda o caso de Ana Hickmann
- Ana Hickmann afirmou que as s em seu nome para o Banco Daycoval coincidem, sim, com as amostras apresentadas como sendo dela.
- Ela acusa o ex-marido, Alexandre Correa, de ter feito empréstimos em nome da empresa do ex-casal usando s falsicadas.
- A equipe jurídica da artista pontuou que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) reconheceu a falsificação de 10 s da apresentadora presentes em diversos contratos.
- Além disso, de acordo com a defesa de Ana Hickmann, “um dos contratos supostamente firmados com Banco Itaú já foi periciado e a conclusão é de que as s da apresentadora são, irrefutavelmente, falsas”.
- O Bradesco também desistiu de prosseguir com uma cobrança contra a artista porque reconheceu a falsidade da . Um processo da Safra também foi suspenso até o final da decisão.
- Um perito designado pela própria Justiça, Reginaldo Tirotti, foi nomeado para analisar o caso.
- No dia 11 deste mês, o documento foi apresentado à Justiça.
- O perito afirmou que as s coincidem, sim, com as amostras apresentadas como sendo de Ana Hickmann.
- Antes, a apresentadora havia consultado o parecer de uma perita para analisar as s, mas o banco afirmou que o documento não tinha qualquer valor de prova.