Em áudio, mãe de Oruam chora e faz apelo ao filho
Em áudio divulgado pelo cantor, Márcia Gama chora com medo do filho ser preso
atualizado
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O cantor de funk Oruam publicou, nesta sexta-feira (30/5), em suas redes sociais, uma conversa com sua mãe, Márcia Gomes. No conteúdo divulgado, ela faz um apelo emocionado para que o filho evite se envolver em polêmicas e tome cuidado com o que publica nas redes sociais, temendo sua prisão.
Em um áudio enviado por aplicativo de mensagens, Márcia desabafa e tenta alertar o filho, chamando-o pelo nome de batismo, Mauro.
O apelo de Márcia Gomes, mãe de Oruam
“Meu filho, é a mãe que está falando aqui. Olha só, eu estou muito triste, não estou conseguindo fazer nada. Mauro, eu sei que você não deve querer me ouvir, mas me ouve!”, disse ela, visivelmente abalada.
Na sequência, a matriarca relata uma suposta visita de um delegado, que teria deixado um aviso direto ao funkeiro:
“‘Manda o teu filho parar, porque se ele não parar o sistema vai parar ele!’ E tu sabe que eles param mesmo, Mauro!”, afirmou, chorando.
Ainda durante o áudio, ela implora que o cantor se afaste de situações que possam comprometer sua liberdade.
“Eu não escolhi ter meus filhos em prisão, Mauro. Você é um artista, meu filho! Por favor, Mauro, evita postar as coisas”, pediu ela.
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Os protestos de Oruam em favor de MC Poze
A preocupação da mãe surge em meio às manifestações públicas de Oruam contra a Polícia Civil do Rio de Janeiro, especialmente após a prisão de seu amigo, o cantor MC Poze do Rodo.
Oruam, inclusive, liderou um protesto com dezenas de motoqueiros na madrugada anterior, e prometeu organizar uma nova motociata pedindo a libertação de Poze, investigado por associação com o tráfico.
Entenda o caso
MC Poze do Rodo foi preso temporariamente por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, Marlon Brendon Coelho Couto, nome de batismo do artista, mantém uma “relação sólida” com membros da alta cúpula do Comando Vermelho (CV), uma das principais facções criminosas do estado.
De acordo com os levantamentos da DRE, Poze costumava participar de eventos organizados por traficantes em comunidades como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus. Nesses encontros, é comum a presença de armamento pesado, incluindo fuzis.
A polícia também aponta que os shows do funkeiro teriam sido financiados pela facção, o que configuraria uma possível participação em um esquema de lavagem de dinheiro.