Rafaela Mandelli fala sobre volta para a Globo em entrevista exclusiva

Rafaela Mandelli é brasiliense, mas deixou a capital com 16 anos para seguir seu sonho de estudar teatro no Rio de Janeiro. A bela atriz de olhos azuis cristalinos está no auge da carreira depois do sucesso da série O Negócio, na HBO, em que interpretou a protagonista Karen. Agora, Rafaela volta a filmar na Rede Globo, para a próxima novela das 19h, O Tempo Não Para.

A atriz recebeu o Metrópoles para uma entrevista exclusiva no bairro Jardins, em São Paulo, e revelou os planos para a carreira nos próximos meses.

Mais madura, aos 39 anos, Rafaela está animada por ter sido escalada para o elenco do folhetim de Mario Teixeira. A trama contará a história da família Sabino Machado, congelada dentro de um bloco de gelo no século 19 e que desperta 132 anos mais tarde, em plena São Paulo dos anos 2018.

As filmagens já começaram e a artista atua diretamente com a veterana Eva Wilma. A personagem de Rafaela é uma psiquiatra da Criotec, um laboratório científico que faz estudos sobre a família protagonista.

 

O Negócio foi um um marco na carreira da atriz. O trabalho, que rendeu quatro temporadas em cinco anos, foi fruto do resultado de quatro testes para o papel da protagonista Karen, dado a Rafaela. A química entre as atrizes Juliana Schalch, Michelle Batista e Mandelli deu à série uma longevidade que nenhum outro seriado brasileiro teve na HBO, apesar das críticas e receio da glamourização da profissão de garota de programa.

 

 

A atriz explicou como foi fazer um papel que exigia várias cenas sensuais. “São agens extremamente difíceis para mim”, revela. “Ao contrário do que se pensa, tudo é muito técnico e, à medida que a cena vai rolando, o diretor está totalmente no controle, ditando cada movimento”, completa. Sabendo que iria filmar de calcinha e sutiã, a artista se preocupava bastante com a forma física, fazendo dieta e exercícios.

Com elenco formado essencialmente por mulheres, a série teve um papel importante na discussão sobre o empoderamento feminino na vida das garotas de programa de luxo. Rafaela lembra que a base desse conceito é as mulheres terem poder de decisão, e isso envolve a profissão escolhida, independentemente de julgamentos.

A personagem Karen é prova disso. Cansada de depender de cafetões, ela decide dar um novo rumo à própria vida, saindo da influência deles para virar uma empresária bem-sucedida nesse universo.

 

 

O cinema foi muito especial para a carreira da atriz. Rafaela é fã do meio cinematográfico desde pequena, com o incentivo da mãe, Eliane, cinéfila assumida. “A primeira vez que me vi no cinema foi muito legal”, lembra. Sua estreia foi no filme Meu Nome Não é Johnny, de Marcio Lima. Depois, ela participou do elenco de Reis e Ratos, com Cauã Reymond, Rodrigo Santoro e Selton Mello. E vem novidade por aí: a brasiliense tem dois filmes encaminhados para estrear ainda neste ano.

 

 

Rafaela Mandelli é brasiliense, nasceu em 11 de maio de 1979 na capital federal, cresceu na 308 Norte e estudou nas escolas Rosário e Maristão. Ela teve uma infância livre e saudável, com muitas idas ao Iate Clube. Depois do colégio, descia do apartamento onde morava para brincar de amarelinha, carrinho de rolimã e subir em árvores. “Era uma época em que a gente tinha uma liberdade que não existe hoje”, recorda. A atriz mantém os amigos de infância e tenta voltar para Brasília sempre que possível.

 

 

Em uma profissão incerta, como é comum no meio de televisão e cinema, a atriz sempre contou com o apoio dos familiares para lhe dar força em momentos difíceis. Valores como integridade, disciplina, respeito ao ofício e tentar dar sempre o melhor de si vieram dos pais e contribuíram para que o sucesso viesse. Sua filha com Marcelo Serrado, Catarina, tem 13 anos. A parceria das duas é irável. “Comecei a levar ela para as filmagens com apenas 5 meses de vida”.

 

 

Solteira após três casamentos emendados – primeiro com o ator Marcelo Serrado, depois com o cineasta Márcio Lima, e por fim com o diretor Johnny Araújo –, a atriz está curtindo ser feliz sozinha, processo difícil depois de relacionamentos longos. “Se me falam a palavra ‘casamento’, grrrr, eu me arrepio toda, como se fosse gato”, brinca.