Monarquias prestam tributo ao rei da Grécia, morto aos 82 anos
A colunista Claudia Meireles chegou a conhecer Constantino e está triste com a perda. O último rei da Grécia morreu em decorrência de um AVC
atualizado
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A triste notícia do falecimento do rei Constantino II, último monarca da Grécia, pegou o mundo de surpresa nessa terça-feira (10/1). Ele faleceu, aos 82 anos, no Hospital Hygeia, em Atenas, conforme noticiou a emissora pública grega ERT. Do casamento com Anne Marie — irmã da rainha da Dinamarca, Margrethe II —, o ex-soberano teve cinco filhos — Pavlos, Alexia, Nikolaos, Theodora e Phillippos —, além de nove netos, entre eles, Olympia e Odysseas-Kimon.
De acordo com a ERT, Constantino não resistiu a um acidente vascular cerebral (AVC). O ex-monarca estava internado em um hospital desde a semana ada por causa de uma sequência de problemas respiratórios. Informações do funeral foram confirmadas pelo governo grego nesta quarta-feira (11/1). A cerimônia fúnebre terá a presença apenas de familiares e amigos próximos. O ex-rei será enterrado como cidadão particular em Tatoi, a antiga residência de verão da realeza da Grécia.
Encontro
A colunista Claudia Meireles chegou a conhecer pessoalmente Constantino e está triste com a perda. O encontro com o ex-monarca ocorreu durante o casamento do príncipe Pavlos e de Marie-Chantal Miller. A cerimônia ocorreu em 1995. Para prestar as devidas homenagens à falecida majestade e se solidarizar com a família, a coluna traz os tributos enviados pelos clãs reais de todo o mundo e um breve histórico da vida do ex-rei.

O Palácio Real de Copenhague emitiu um comunicado em que prestou condolências para os parentes do ex-soberano, em especial para a esposa dele, Anne-Marie, de quem Margrethe é irmã. “Foi com grande tristeza que a rainha [dinamarquesa] soube da morte de Constantino. Os pensamentos da família real estão atualmente com a rainha [consorte] Anne-Marie e toda a família grega”, escreveram.

No perfil oficial do Instagram, a realeza sérvia lamentou o falecimento do ex-monarca com uma postagem comovente. O ex-rei também tinha parentesco distante com membros da família real do país europeu. “É com muita tristeza que a princesa Katarina e eu [príncipe herdeiro da Alexandre] recebemos a notícia de que ontem, 10 de janeiro de 2023, nosso querido primo, padrinho e amigo HRH, rei Constantino da Grécia, faleceu em Atenas”, iniciaram o texto.
“As relações entre as famílias reais da Grécia e da Sérvia sempre foram marcadas por uma amizade sincera, cordial e por laços familiares profundas. O rei Constantino II foi o padrinho de nosso casamento em 1985, e sua majestade é também padrinho dos meus filhos […]. Além disso, batizei a filha do falecido rei da Grécia, HRH princesa Theodora, ela é minha afilhada”, salientaram. Ele acrescentaram: “Todos sentirão muito a falta dele, mas sua memória será guardada para sempre”.
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A realeza da Romênia também não deixou de prestar tributo à falecida majestade da Grécia. Em uma declaração oficial, o clã frisou: “A família real da Rômenia soube com muita angústia da morte de Sua Majestade o rei Constantino II dos Helenos”. “O rei Constantino esteve toda a sua vida próximo da família real da Romênia, da rainha-mãe Helena, irmã de seu pai, bem como do rei Miguel e da rainha Ana. Por mais de sete décadas, as duas famílias famílias sempre se encontraram na Grécia, depois na Suíça, na Grã-Bretanha”, complementaram.
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Primo de segundo grau do rei Charles III, o ex-soberano é padrinho do herdeiro do trono britânico, o príncipe William. Os integrantes da dinastia Windsor ainda não se pronunciaram sobre o falecimento do rei Constantino II nas redes sociais e no site oficial do Palácio de Buckingham.

Vida
De acordo com a revista britânica Hello! Magazine, o falecido rei enfrentou vários problemas de saúde ao longo dos anos. Ele ascendeu ao comando do trono grego em 1964 após a morte do pai, o rei Paulo I. O ex-soberano ficou no cargo por menos de uma década. Em 1974, militares depam o então soberano. Com o golpe, Constantino e familiares precisaram fugir do país natal e se refugiar em Roma, na Itália.
Enquanto um regente ficou na liderança da Grécia, houve dois referendos a fim de decidir qual seria o próximo sistema de governo. As votações tiveram resultados contrários ao regime monárquico. Com a derrota dupla, Constantino teve de aceitar o fim da dinastia inaugurada pelo bisavô em 1963. Ele deixou a terra de origem com os parentes. Juntos, se instalaram na capital inglesa Londres. Ele voltou para solo grego somente em 2013.

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