COP26: o que fazer para ajudar no combate ao aquecimento global
Enquanto os líderes mundiais decidem o futuro do meio ambiente na conferência de Glasgow, você pode fazer a sua parte com ações diárias
atualizado
Compartilhar notícia

Ao longo das próximas duas semanas, o mundo estará com os olhos voltados para Glasgow, na Escócia, onde é realizada a 26ª Conferência do Clima (COP26). A reunião de líderes de potências mundiais visa traçar medidas para combater as mudanças climáticas.
De lá devem sair decisões importantes, com metas de médio e longo prazo para reduzir a emissão de carbono, além de uma avaliação sobre os esforços que cada nação fez para combater o aquecimento global desde o Acordo de Paris, em 2015.
“Os países estão sendo convidados a revisar suas metas para definir compromissos mais ambiciosos. Eles se comprometeram (anteriormente) a limitar o aumento médio da temperatura global a menos de 2ºC e fazer esforços para que esse aumento seja limitado a 1,5º C”, pontua a especialista em políticas climáticas do World Wide Fund for Nature (WWF-Brasil), Renata Camargo.
A organização atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental e está de olho nos acordos que serão feitos até 12 de novembro.
Renata lembra que o último Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em agosto deste ano, mostrou que as consequências das mudanças climáticas serão ainda piores e mais graves do que se pensa se ações mais assertivas não forem tomadas.
“Estamos em estado de emergência climática. Olhando os compromissos de hoje, ainda não é possível reduzir o aquecimento global abaixo de 2°C. Como está, não é seguro e as consequências climáticas serão ainda piores”, afirma.
Mas afinal, como a COP26 pode impactar na sua vida e o que você pode fazer para colaborar com o combate ao aquecimento global? A coluna Claudia Meireles sugere algumas ações:
“Todos somos atingidos pelas questões de mudanças climáticas. Para lidar com isso, precisam ser feitos esforços em todas as esferas: pessoal, nacional e global porque estamos todos interligados”, considera a especialista da WWF.
Reduza o consumo de plástico
Você já parou para observar quanto plástico consome por dia? Ele está presente em praticamente tudo ao nosso redor: no copo do escritório, na garrafa de água plástica, nas embalagens de cosméticos, nas sacolas do mercado, lenços umedecidos, absorventes, saquinhos de chá e caixas de leite e outros alimentos.
Depois de usados, na maioria das vezes esses produtos são descartados de forma irregular, poluindo os sistemas naturais e prejudicando o ecossistema. Usar cosméticos em embalagens de refil, copos e garrafinhas pessoais é um bom começo para reduzir o consumo do plástico.

Repense seu modelo de consumo
O modelo de consumo atual, com uso seguido do descarte e o desperdício de alimentos, não é sustentável. Ou seja, o natural é que ele leve ao esgotamento de recursos naturais da terra.
Transporte
O modelo de veículo individual é o que mais consome combustível e emite gás carbônico. Trocar o carro pela bicicleta, patinete, ônibus e metrô contribui para um modelo de mobilidade urbano mais ecológico.

Incentive o comércio local
“Uma coisa muito importante é a gente ar a consumir mais localmente. Comprar de produtores locais, nas feiras e em mercados pequenos. Quanto mais a gente fomentar a economia local, mais a gente está contribuindo”, afirma a especialista da WWF.
Escolhas políticas
As eleições permitem que os cidadãos escolham por quem eles querem ser representados. Nesse momento, é importante entender como os candidatos se colocam no debate sobre a matriz energética, com relação às políticas públicas sobre a conservação da natureza, da gestão da água e da energia.
“Estamos diante de um processo eleitoral no ano que vem. Os políticos têm a capacidade de representar várias pessoas”, pontua Renata.
