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Ex-ministro de Temer, Calero dispara após prisão: “Justiça foi feita”

Atual deputado federal ocupou a pasta da Cultura na gestão emedebista e pediu demissão após Geddel exigir privilégios em benefício próprio

atualizado

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marcelo calero
1 de 1 marcelo calero - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ex-ministro na gestão de Michel Temer (MDB), o deputado federal Marcelo Calero (PPS) declarou, nesta quinta-feira (21/3), que a prisão do ex-presidente da República, ocorrida nesta manhã, deixa o coração dele “confortado”. Em vídeo publicado no Twitter, o parlamentar fluminense afirmou ainda que a “Justiça foi feita”.

O representante do Rio de Janeiro ocupava a pasta da Cultura na gestão do emedebista, mas decidiu pedir exoneração após ser coagido pelo então ministro Geddel Vieira Lima (MDB). Hoje preso, o ex-chefe da Secretaria de Governo investia para que o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) — órgão que era ligado ao ministério — liberasse uma licença para a construção de um grande empreendimento imobiliário na área tombada de Salvador (BA). Marcelo Calero negou.

“Me sinto com o coração confortado. Não pela prisão em si, mas pela certeza de que a Justiça finalmente foi feita. Eu lembro de cada palavra que o Temer me falou quando eu estava saindo da sala dele e tentava me convencer a favorecer Geddel naquele episódio do empreendimento em Salvador”, disse.

Segundo o ex-ministro da Cultura, Michel Temer tentou convencê-lo a atender o pedido de Geddel ao justificar que “política tem dessas coisas”. “Naquele momento, eu tive duas certezas. A primeira é de que a política que ele queria não era a que eu queria. Por outro lado, eu tive a certeza de que eu estava lidando com uma quadrilha”, continuou.

No vídeo postado, Marcelo Calero registra ainda os parabéns aos integrantes da operação Lava Jato, ao juiz Marcelo Bretas, responsável pelo mandado de prisão contra o ex-presidente, e para o povo brasileiro. “Parabéns ao Brasil, porque estamos construindo um novo país e todo esse lixo está sendo ultraado e deixado para a história”.

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