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Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Especialistas esclarecem

Raios são mais comuns em locais elevados porque esses pontos acumulam cargas positivas e estão mais próximos das nuvens de tempestade

atualizado

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Visão de ângulo baixo de relâmpagos, raios no céu à noite. Metrópoles
1 de 1 Visão de ângulo baixo de relâmpagos, raios no céu à noite. Metrópoles - Foto: Getty Images

Você já ouviu a expressão “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”? Apesar de ser um ditado popular, a premissa não é verdadeira.

O professor Luciano Duque, engenheiro eletricista e docente da Universidade Católica de Brasília (UCB), explica que a repetição de descargas elétricas em um mesmo ponto é, inclusive, comum.

“O raio pode, sim, cair duas vezes no mesmo local. Isso ocorre em áreas com alta densidade de descargas atmosféricas, geralmente lugares mais elevados”, esclarece.

A meteorologista Andrea Ramos, que atua em Brasília, diz que estruturas como prédios altos, torres de transmissão e árvores isoladas são frequentemente atingidas por raios, pois oferecem um caminho de menor resistência para a descarga elétrica.

Apesar disso, segundo ela, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, sendo, em média, menor do que uma para cada um milhão. “No entanto, essa probabilidade pode aumentar para até um em mil se a pessoa estiver em uma área descampada durante uma tempestade forte”, afirma.

O que determina onde um raio vai cair?

Luciano explica que, para que um raio ocorra, é necessária a formação de nuvens de tempestade do tipo cumulonimbus, um tipo de nuvem que contém partículas de gelo que, ao se chocarem devido à ação do vento, geram cargas elétricas.

“As cargas negativas se acumulam na base da nuvem e são atraídas pelas cargas positivas da Terra, dando origem ao fenômeno do raio”, detalha o professor. Isso significa que nem toda chuva provoca raios, apenas as tempestades formadas por esse tipo específico de nuvem.

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Aumenta número de quedas de raios no DF
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Aumenta número de quedas de raios no DF

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Lugares comuns para um raio cair

  • Raios são mais comuns em locais elevados porque esses pontos acumulam cargas positivas e estão mais próximos das nuvens de tempestade.
  • Torres de TV, prédios altos e estruturas metálicas têm alta incidência de raios devido à proximidade com as nuvens carregadas.
  • Montanhas e colinas atraem descargas atmosféricas por estarem em áreas mais altas e expostas.
  • Para-raios instalados nessas estruturas direcionam a descarga elétrica para o solo, reduzindo riscos de danos e acidentes.

Fatores que influenciam a recorrência de raios

A ocorrência de raios em um mesmo ponto depende de várias condições atmosféricas. “A alta temperatura e umidade favorecem a convecção e, consequentemente, a ocorrência de descargas elétricas”, diz o meteorologista e consultor climático Francisco de Assis Diniz.

Segundo ele, quando um raio atinge um ponto alto, pode destruí-lo, eliminando assim a referência para um novo raio naquele exato local.

Andrea complementa explicando que regiões tropicais, onde o clima é quente e úmido, favorecem a formação de cumulonimbus e, portanto, têm maior incidência de raios. “Montanhas e áreas elevadas atraem mais raios devido à sua proximidade com as nuvens de tempestade. Além disso, ventos fortes, acima de 40 km/h, podem transportar nuvens carregadas e influenciar a trajetória das descargas elétricas”, detalha.

Locais quentes e úmidos, como o Brasil, são mais suscetíveis a tempestades e, consequentemente, a raios. O país, inclusive, lidera a incidência de raios no mundo devido ao seu clima tropical, que favorece a formação de cumulonimbus e as descargas elétricas sucessivas em uma mesma região”, destaca o professor Duque.

Como os raios são monitorados?

  • Redes de detecção de raios terrestres: sensores que captam as ondas eletromagnéticas emitidas pelos raios, ajudando a identificar sua localização e intensidade.
  • Satélites meteorológicos: sensores ópticos e de radiofrequência detectam raios a partir do espaço, permitindo monitoramento em áreas remotas e oceânicas.
  • Radares meteorológicos: monitoram a precipitação e a estrutura das nuvens, identificando tempestades e a probabilidade de ocorrência de raios.
  • Modelos de previsão atmosférica: simulam a atmosfera e a evolução das tempestades, incluindo raios, utilizando dados de satélites, radares e estações meteorológicas para previsões mais precisas.
  • Monitoramento pelo INPE: o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) utiliza dispositivos instalados em todo o país para mapear a densidade de raios, criando o Mapa de Densidade de Descargas Atmosféricas.

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