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Bicho-preguiça pode demorar um mês para digerir uma refeição? Entenda

Especialistas explicam como fatores anatômicos, fisiológicos e comportamentais influenciam a digestão lenta do bicho-preguiça

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Foto de um bicho-preguiça. fundo verde. Metrópoles
1 de 1 Foto de um bicho-preguiça. fundo verde. Metrópoles - Foto: Getty Images

Com cara simpática e movimentos lentos, o bicho-preguiça é um dos animais mais curiosos da natureza. Mas não é só na hora de se locomover que ele leva tudo com calma: você sabia que uma refeição pode levar até um mês para ser digerida pelo mamífero?

Essa lentidão tem explicações anatômicas, fisiológicas e comportamentais. O biólogo Delamar Fontana, técnico em zoologia da Universidade Católica de Brasília (UCB), explica que a vagareza é explicada por dois fatores principais: a quantidade de alimento ingerido e a dificuldade de digestão de substâncias presentes nas folhas, como a lignina. “Além disso, o metabolismo lento retarda ainda mais o processo”, esclarece.

O estômago da preguiça também tem um papel importante na digestão lenta. Segundo o professor Luiz César de Assis, do Colégio Marista, em Goiânia, esse processo é resultado de uma adaptação evolutiva.

“As preguiças contam com bactérias e protozoários no sistema digestivo que ajudam a quebrar a celulose das folhas, como acontece com os ruminantes”, explica. Além disso, elas se alimentam principalmente de folhas jovens, que são pouco calóricas, o que contribui para um metabolismo ainda mais lento.


Qual a função do bicho-preguiça na natureza?

  • O bicho-preguiça tem um papel relevante no equilíbrio ambiental, atuando na dispersão de sementes e na fertilização do solo com fezes ricas em nutrientes.
  • Sua alimentação ajuda a controlar o crescimento de certas plantas e fungos, o que contribui para a saúde das florestas tropicais.
  • Ao consumir folhas, flores e frutos, o mamífero espalha sementes por diferentes áreas da mata, favorecendo a regeneração e a diversidade da vegetação.
  • Durante seus deslocamentos, as fezes liberadas no solo am por decomposição e enriquecem o ambiente, estimulando o desenvolvimento de novas plantas.

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Bicho-preguiça gigante no Parque Nacional da Tijuca
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Bicho-preguiça resgatado no Rio de Janeiro em 2022

Divulgação
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Bicho-preguiça gigante no Parque Nacional da Tijuca

ICMBio

A digestão começa na boca

Do ponto de vista anatômico, o sistema digestivo da preguiça apresenta características únicas. De acordo com o professor Eduardo Maurício Mendes de Lima, do programa de pós-graduação em Ciências Animais da Universidade de Brasília (UnB), o estômago poligástrico e fermentador é altamente especializado.

“Os dentes com cúspides arredondados ajudam a triturar as folhas, a língua movimenta eficientemente o alimento e o esôfago se conecta a um estômago com múltiplas câmaras, que realiza fermentação gástrica”, explica. O intestino também é adaptado para prolongar o processo digestivo e favorecer a quebra da celulose.

Estratégia de sobrevivência

A digestão lenta não é uma regra para todos os herbívoros, mas está diretamente relacionada à fisiologia da preguiça. “Cada animal tem um trato digestório que se adapta ao seu hábito alimentar”, reforça Luiz César. No caso das preguiças, essa adaptação está diretamente ligada à sua estratégia de sobrevivência.

O metabolismo reduzido ajuda o animal a economizar energia, o que explica seu estilo de vida. “Por se mover lentamente, ela gasta pouca energia, e isso é coerente com a dieta de baixo valor calórico”, explica Fontana.

O ambiente também entra na equação: como são arborícolas, as preguiças vivem perto de sua principal fonte de alimento, o que contribui para sua eficiência energética, mesmo que em um ritmo próprio.

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