Cristian Cravinhos revela o que motivou a matar os pais de Richthofen
Irmão de Daniel Cravinhos, Cristian descartou alterar o sobrenome e relembrou o assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen
atualizado
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Assim como o irmão Daniel, Cristian Cravinhos já recebeu liberdade da prisão. O nome dos familiares ficou conhecido no Brasil inteiro após o assassinato de Manfred e Marísia, pais de Suzane Von Richthofen. O homem, hoje com 49 anos, descartou alterar o sobrenome e relatou os motivos que o fizeram ajudar a filha a matar os pais.
“Não tenho uma única resposta para essa pergunta. Se o tempo voltasse, eu diria ‘não’. Mas até hoje tenho dificuldade de dizer ‘não’. Naquela época, eu vivia desesperado, sem controle emocional. Não sei responder. Só não vai por nessa entrevista que fiz o que fiz por dinheiro, porque não é verdade”, declarou, em entrevista a Ullisses Campbell, do O Globo.
O rapaz explicou que, na época, foi tomado pelo desespero e não soube dizer não. “Não tive controle da situação. Acreditei que conseguiria impedir o que estava prestes a acontecer, mas acabei envolvido. Eu não tinha um histórico criminal, nunca fiz nada parecido antes, e talvez por isso as pessoas questionem tanto minha participação no que aconteceu”, relatou.
Ele relatou que “cometeu um erro grave” e que está pagando por isso. “A punição que recebi foi consequência dos meus atos, mas a condenação da sociedade é muito maior. Eu sei que parece que estou minimizando a gravidade do que eu fiz ao chamar um homicídio de erro. Mas tem certas palavras que não consigo falar no dia a dia sem me emocionar”, disse.
Cristian ainda foi questionado por Campbell sobre a alteração do sobrenome feito por Daniel. Ele reforçou que não tiraria “Cravinhos” de sua certidão “em hipótese alguma”. “Eu vou honrar o meu sobrenome até o final da vida. Eu caí com esse nome e vou me levantar com ele. Estou disposto a pagar esse preço”, completou.
Ele ainda relatou que seus haters vem mais da internet, mas consegue tirar a situação “de letra”, e que não sofre retaliações na rua. Entretanto, ele comentou que a sociedade o condenou mais que a Justiça. “A Justiça me deu um tempo de pena, mas a sociedade impõe uma sentença perpétua”, pontuou.
