Vereador é preso por tentar matar a esposa no interior de Minas Gerais

Nesta terça-feira (28/9), o vereador de Serranópolis de Minas (MG) Adva Avelino da Silva foi preso após agredir e tentar matar a esposa. O parlamentar amarrou a companheira em uma árvore e também a arrastou por um terreno de terra. As innformações são do Portal G1.

De acordo com o laudo da perícia, a mulher ficou com marcas no pescoço e arranhões decorrentes das agressões.

“Ele pegou a corda e puxou eu aqui e ou a corda aqui [diz apontando para uma árvore]. Eu falei: me solta, moço, solta, não me mata não [sic]”, disse a vítima.

O delegado condutor da investigação, André Brandão, afirma que as agressões foram motivadas por ciúmes.

“Ele proibiu que ela asse a rede social Facebook e, tendo em vista que ela não obedeceu suas ‘ordens’, ele amarrou essa senhora em uma espécie de enforcamento, pendurando ela em um pedaço de pau, uma árvore. Posteriormente, ele arrastou ela pelo chão do terreno”, disse.

O casal está junto há 21 anos e tem três filhos. Um deles, de 2 anos, estava presente no momento das agressões ocorridas na última quinta-feira (23/9). Após conseguir se desamarrar, a mulher acionou um advogado com o telefone do filho, já que o dela foi quebrado no momento da agressão.

De acordo com o delegado, a PMG fez buscas no dia do crime, porém Adva Avelino fugiu. O vereador foi encontrado na casa de uma ex-namorada, dias depois, em uma comunidade de difícil o. Com ele, foram encontrados cerca de R$ 10 mil e a suspeita é que o dinheiro fosse usado para continuar a fuga, o que foi negado por ele em depoimento.

“Pelas suas declarações, ela falou que ele realmente tentou ceifar sua vida, então ele incorreu no delito de tentativa de feminicídio”, disse o delegado.

Em depoimento nessa quarta-feira (29/9), o vereador afirmou que agiu em legítima defesa, já que a mulher estaria tentando esfaqueá-lo, hipótese que o delegado afirma não ser verdadeira. Afirmou também que os arranhões nas costas da vítima são decorrentes de uma queda enquanto ele a amarrava.

O G1 telefonou para o advogado do vereador, mas não obteve resposta. A Câmara dos Vereadores informou não se manifestar por não ter ainda conhecimento dos fatos.