Treta virtual reúne Sergio Moro, Janaina Paschoal e Carlos Bolsonaro
Bolsonaristas e dissidentes discutem a vacinação de crianças contra a Covid-19. Filho do presidente também chamou Alckmin de Seu Boneco
atualizado
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O período de festas de fim de ano não está semeando a fraternidade entre alguns políticos da direita que já estiveram unidos em torno do bolsonarismo, mas se desencontraram no caminho. O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) usou suas redes sociais nesta quinta-feira (23/12) para criticar a deputada estadual paulista Janaina Paschoal (PSL-SP).
Para dizer que Janaina “muda de comportamento quando lhe convém e, pior, vai se dar bem”, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) – que recentemente apagou uma postagem sobre propina para o novo aliado Valdemar Costa Neto (PL) – usou uma briga da parlamentar paulista com o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), também nas redes sociais.
A treta correu em torno da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
Pelo Twitter, Moro afirmou que o governo deve “disponibilizar com urgência” os imunizantes e “não privar os pais de decidirem o que é melhor para seus filhos”. Janaina, que tem se colocado como crítica da vacinação liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), questionou o ministro sobre a liberdade dos pais, que, segundo ela, já estão impossibilitados de decidir no caso dos adolescentes.
Para entrar na confusão, Carlos Bolsonaro respondeu a uma postagem do analista político bolsonarista Rodrigo Constantino, que avaliou que Janaina estava dando “aulas sobre liberdade” ao ex-ministro do governo de seu pai e hoje adversário político no campo de direita.
Veja:
Carlos Bolsonaro também usou as redes nesta quinta para chamar o ex-governador paulista Geraldo Alckmin de “Seu Boneco”, personagem do programa Escolinha do Professor Raimundo interpretado pelo humorista Lug de Paula. Desde que se aproximou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin se tornou alvo dos ataques bolsonaristas.
Janaina Paschoal não respondeu à crítica de Carlos Bolsonaro, mas resolveu brigar com esquerdistas nesta tarde. “Há anos, busco debater minhas preocupações com relação ao que ocorre durante os pancadões”, escreveu ela, no Twitter. “A esquerda vive repetindo o mantra de que funk é cultura, é arte etc. etc. etc… Pois bem, foi Bolsonaro dançar funk para funk virar machismo, sexismo, feminicídio… mantenho TODAS as minhas preocupações com os tais pancadões… mas a incoerência dos esquerdistas é risível”, completou ela, em outra postagem.
