Tebet diz que politização com BC “já deu” e elogia escolha de Galípolo
Ministra do Planejamento elogiou escolha de Gabriel Galípolo para diretoria de Política Monetária do Banco Central, anunciada nesta segunda
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, elogiou, nesta segunda-feira (8/5), a indicação do atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC).
A escolha foi anunciada na manhã desta segunda pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo. Haddad bateu o martelo sobre a indicação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Galípolo é aquele profissional experiente que pode ocupar qualquer missão e está pronto para qualquer missão. Ele pode ocupar qualquer cargo”, disse Tebet na portaria do Ministério do Planejamento, nesta tarde.
Em seguida, ele comentou a “politização” com a autoridade monetária, que vem sendo alvo de intensas críticas pelo atual governo. “Vai contribuir em muito, primeiro para pacificar essa pauta. Acho que já deu o que tinha que dar em matéria de politização”.
“Ele [Galípolo] é uma pessoa preparada, que vai ser a voz do governo federal, a voz também do Brasil dentro do governo federal. Tem capacidade, tem experiência, tem diálogo e tem bom relacionamento com o presidente do Banco Central. Então, tem tudo para dar certo. Acho que foi uma boa escolha do ministro Fernando Haddad”, concluiu a ministra.
Haddad também anunciou o servidor de carreira Ailton Aquino dos Santos para a Diretoria de Fiscalização do BC. Esses são os primeiros dois nomes escolhidos pelo atual governo para compor o BC.
Em 2023, Lula poderá substituir até quatro diretores da autoridade monetária. Além dos nomes indicados neste mês de março, os mandatos dos diretores de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta e de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos também se encerrão até o final do ano.
Confirmação
Os nomes indicados serão publicados no Diário Oficial da União (DOU) e submetidos à análise do Senado Federal. Primeiro, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sabatina os indicados e, em seguida, eles precisam ser aprovados pelo Plenário da Casa, sendo necessários os votos favoráveis de 41 dos 81 senadores.
A aprovação é, então, comunicada à Presidência da República, que faz a nomeação final.
Caso seja aprovado pelos senadores, Galípolo será um dos diretores a integrar o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a taxa básica de juros da economia (Selic). Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, patamar considerado muito alto pelo governo.