Suspeita de envenenar ovo de Páscoa é transferida para São Luís
A mãe e a irmã do menino que morreu após comer o ovo de Páscoa envenenado ainda estão internadas em estado grave
atualizado
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Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, suspeita de ter dado um ovo de Páscoa envenenado para uma família em Imperatriz, Maranhão, foi transferida neste domingo (20/4) para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM). Um menino, de 7 anos, morreu. A mãe e a irmã seguem internadas em estado grave.
A mulher teve a prisão preventiva decretada durante a audiência de custódia realizada nessa sexta-feira (18/4). Ela estava presa em Santa Inês (MA). Jordélia deve permanecer no presídio à disposição da Justiça durante o curso das investigações.
Segundo Manoel Almeida Neto, delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, “ela foi transferida para São Luís porque em Santa Inês, onde ela foi abordada e presa, não tem unidade feminina. Então, ela viria ou para Santa Inês ou para a Imperatriz, e no caso veio para Santa Inês, mas aí isso já é uma medida que cabe à outra secretaria, que no caso é a Secretaria de istração Penitenciária. Eles muito provavelmente levam em consideração até uma questão de segurança da própria autuada”.
A mãe e seus dois filhos comeram o doce, o menino de 7 anos morreu, na quinta-feira (17/4), e foi enterrado nessa sexta-feira (18/4). A mãe dele e a irmã dele estão internadas em estado grave em Imperatriz.
O que está acontecendo?
- A Polícia Civil do Maranhão está investigando o caso de uma criança de 7 anos que morreu após comer um ovo de Páscoa. A irmã e a mãe da vítima também consumiram o doce e estão internadas.
- O caso ocorreu em Imperatriz, na região sudoeste do Maranhão, e a principal suspeita pelo envenenamento foi presa. A mãe, Mirian Lira, de 36 anos, e a filha, Evelyn Fernanda, de 14, seguem internadas na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz.
- A Polícia Civil do Maranhão prendeu, nessa quinta-feira (17/4), a principal suspeita de envenenar a família em Imperatriz (MA), Jordélia Pereira Barbosa.
- Conforme o depoimento do pai da criança, que é separado da mãe, o ovo chegou à casa da família entregue por um motoboy, como um presente, na noite de quarta-feira (16/4). O doce veio acompanhado de um bilhete escrito: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”.
- Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA), a suspeita foi localizada por agentes da Delegacia Regional de Santa Inês em um ônibus interurbano, enquanto tentava deixar a cidade onde reside. Ela foi identificada como ex-namorada do atual companheiro da mãe da criança que morreu.Jordélia Pereira
- Barbosa é ex-companheira do atual namorado de Mirian Lira, mãe. Em depoimento, ela confessou ter comprado o chocolate, mas nega ter colocado veneno.
A suspeita de envenenar um ovo de Páscoa e enviar para uma família de Imperatriz, no Maranhão, disse que era uma mulher trans e apresentou um crachá falso para conseguir fazer o cadastro no hotel onde ficou hospedada na cidade. Ela saiu de Santa Inês (MA) em um ônibus e percorreu um trajeto de 384 quilômetros para chegar ao município onde as vítimas moram.
Jordélia Pereira, de 36 anos, usou um crachá em que havia uma foto dela de peruca preta, o nome falso de Gabrielle Barcelli e a inscrição ”Gastrônomia” (com erro de acentuação), indicando uma suposta profissão.