Setor produtivo se manifesta contra aumento do IOF pelo governo Lula
Ao todo, sete instituições assinam documento contra aumento no tributo anunciadas pelo governo federal
atualizado
Compartilhar notícia

Um grupo de sete confederações de setores produtivos da economia divulgaram um manifesto na segunda-feira (27/5) contra o aumento da taxa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As instituções argumentam que a medida encarece o crédito no país e diz esperar que o Congresso atue para anular a medida do governo federal.
As mudanças nas taxas cobradas em operações sob as quais incide o IOF foram anunciadas pelo governo federal na última quinta-feira (22/5). As medidas tiveram resposta negativa do mercado financeiro com queda na bolsa de valores e aumento na cotação do dólar. Horas depois, no entanto, o governo revogou parte das alterações.
Veja lista das instituições que assinam o manifesto:
Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg)
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF)
Associação Brasileira das Companhias Abertas (AbrascaA)
No manifesto, as instituições afirmam que o aumento do imposto leva a imprevisibilidade, aumenta os custos de produção no país, encarece o “crédito para empreendimentos produtivos, aumentando a carga tributária do IOF sobre empréstimos”.
Ao anunciar mudanças na cobrança do IOF, o governo federal divulgou que tinha o interesse de aumentar a arrecadação. O objetivo é chegar a um equilíbrio nas contas públicas. A estimativa inicial, antes dos recuos após o anúncio da medida, era de recolher R$ 20 bilhões a mais em 2025 e, R$ 41 bilhões em 2026.
“Iniciativas arrecadatórias, com aumento de impostos,impactam negativamente a construção de um ambiente econômico saudável. O IOF, aliás, é um imposto regulatório, e não arrecadatório. É preciso enfrentar os problemas crônicos do Orçamento para acabar com a contínua elevação de impostos”, critica trecho do manifesto.
Ao fim do documento, as confederações afirmam esperar que o Congresso Nacional atue para revogar as medidas adotadas pelo governo federal na última quinta. “É hora de respeitar o contribuinte”, encerra o documento.