Servidor pediu e Guedes negou: sem folga para Copa do Mundo Feminina
Os servidores pediram folga em quatro datas. O ofício enviado ao ministro da Economia trata o evento como “simbólico” e “histórico”
atualizado
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Servidores do governo federal não terão abono ou flexibilização de horário para a assistir aos jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino. O evento esportivo começa nesta sexta-feira (07/06/2019).
O Ministério da Economia entendeu que a repercussão do campeonato não justifica paralisar ou suspender a jornada de trabalho do funcionalismo público do governo federal. Os servidores pediram folga em quatro datas.
O Metrópoles revelou, nesta quinta-feira (06/06/2019), que a Associação Nacional da Carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais (Andeps) enviou um ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo a liberação.
No documento, a entidade argumenta que a flexibilização já é adotada durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol masculino. Com isso, a liberação refletiria ainda a “isonomia entre gêneros”, de forma material e simbólica.
O argumento não convenceu, e o governo negou a dispensa. “Considerando a amplitude e a tradição do evento, e a integral preservação e funcionamento dos serviços, entende-se que o seu impacto ainda não justifica a flexibilização de expediente para os órgãos e entidades do Executivo federal”, destaca, em nota.
A edição de 2019 será a primeira a ser televisionada no Brasil. “O Ministério da Economia reconhece a importância da Copa do Mundo de Futebol Feminino e privilegia a fomentação do esporte para a sociedade”, conclui o texto.
Inicialmente, os servidores queriam a redução de horário na abertura do evento, que será nesta sexta-feira (07/06/2019); na partida entre Brasil e Jamaica, prevista para o próximo domingo (09/06/2019); na disputa do Brasil contra a Austrália, no dia 13 de junho; e no jogo entre Brasil e Itália, no dia 18.
O ofício enviado a Guedes trata o evento como “simbólico” e “histórico”. “Contamos com sua compreensão diante deste momento ao mesmo tempo simbólico e histórico”, destaca.
Rubens Bias, da Coordenação Institucional da Andeps, discorda do entendimento do governo federal. “A solicitação chama atenção, mas deveria ser natural, afinal nós somos uma das seleções mais fortes do mundo e o Brasil é o país do futebol”, defende.
Após a publicação da reportagem, a associação argumentou “que as horas utilizadas para assistir aos jogos sejam pagas por meio de reposição/compensação, a ser definida pelo governo federal”.