Senado: CCJ adia votação da PEC das Praias após pedido de vista
A chamada PEC das Praias prevê a concessão de territórios à beira-mar que atualmente pertencem à União
atualizado
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A Comissão de Constituição e Jusitça (CCJ) do Senado Federal adiou, nesta quarta-feira (4/12), a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) nº 3/2022, conhecida como PEC das Praias. Senadores governistas pediram vista ao projeto, ou seja, mais tempo para que ele seja analisado.
O pedido foi feito pelos senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Zenaide Maia (PSD-RN).
O texto voltou à pauta da comissão depois de meses parada. De autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), se promulgada, revogaria um trecho da Constituição e autorizaria a concessão de territórios à beira-mar que pertencem à União.
Na prática, a proposta pode limitar o o de banhistas às praias, uma vez que elas seguirão sendo públicas, mas com o limitado por causa das concessões de áreas.
Mudança no relatório
Para tentar atrair mais apoios ao texto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator da proposta, fez alterações no parecer e incluiu um trecho que proíbe de forma clara que a praia fique inível por banhistas.
“As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco o a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica”, diz um trecho do último parecer, protocolado em julho pelo parlamentar.
Se a PEC for aprovada, as áreas de marinha poderão ser dadas aos ocupantes particulares inscritos na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), gerida pelo Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, e também àqueles que comprovarem a ocupação de boa-fé do território nos últimos cinco anos.