“Se provado, só tem uma saída: ser preso”, diz Lula sobre Bolsonaro
Lula concedeu entrevista na manhã desta quinta-feira (20/2) e comentou denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
atualizado
Compartilhar notícia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) como “extremamente grave” e afirmou que, caso provadas as acusações, o líder do PL deve ser preso.
“Se for provada a denúncia feita pelo procurador-geral da tentativa de golpe, da participação do ex-presidente, do primeiro escalão dele, da tentativa de morte de um ministro da Suprema Corte Eleitoral, da tentativa de assassinato de um presidente da República e do vice-presidente, é uma coisa extremamente grave. Eu tenho certeza que, se for provado, ele só tem uma saída: ser preso”, disse o presidente Lula no Palácio da Alvorada, em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (20/2).
Denúncia
- Na terça-feira (18/2), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu denúncia contra o ex-presidente e outros 33 aliados por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, e outros crimes.
- Entre as acusações, o documento aponta que Bolsonaro sabia e concordou com um plano para ass Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
- O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deu um prazo de 15 dias para os advogados dos denunciados apresentarem defesa prévia e eventuais contestações.
- O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, que vai decidir se transforma os denunciados em réus, ou não.
Anistia
Durante a entrevista, o presidente também criticou o projeto que prevê anistia para envolvidos no 8 de Janeiro e disse que Bolsonaro se autoincrimina quando pede perdão em um processo que ainda não foi julgado. “Eles estão com medo de serem condenados e querem pedir anistia antes de serem julgados. Isso não existe”, protestou o petista.
“Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, ele está provando que é culpado. Ele está provando que cometeu crime. Ele deveria estar falando: ‘Eu vou provar minha inocência'”, afirmou.
“Ou seja, ele está dizendo: ‘Eu sou culpado, tentei bolar um plano para matar o Lula, tentei bolar um plano para matar o Alckmin, tentei bolar um plano para matar o Alexandre de Moraes. Não deu certo porque eu tive uma diarreia no dia, fiquei com medo, tive de voar para os Estados Unidos antecipadamente para não ficar com vergonha de dar posse para o meu adversário'”, completou.