{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2017%2F04%2F20100742%2FCannabis-Seedling-Marijuana-1062908.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2017%2F04%2F20100742%2FCannabis-Seedling-Marijuana-1062908.jpg", "width": "840", "height": "559", "caption": "goias derruba veto de projeto de lei que dispõe sobre o uso de cannabis medical", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/brasil/saude-br/anvisa-pedido-de-vista-trava-debate-sobre-maconha-medicinal#webpage", "url": "/brasil/saude-br/anvisa-pedido-de-vista-trava-debate-sobre-maconha-medicinal", "datePublished": "2019-10-15T12:56:14-03:00", "dateModified": "2019-10-15T16:18:17-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2017%2F04%2F20100742%2FCannabis-Seedling-Marijuana-1062908.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/raphael-veleda", "name": "Raphael Veleda", "url": "/author/raphael-veleda", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2019-10-15T16:18:17-03:00", "dateModified": "2019-10-15T16:18:17-03:00", "author": { "@id": "/author/raphael-veleda", "name": "Raphael Veleda" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/brasil/saude-br/anvisa-pedido-de-vista-trava-debate-sobre-maconha-medicinal#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/brasil/saude-br/anvisa-pedido-de-vista-trava-debate-sobre-maconha-medicinal#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2017%2F04%2F20100742%2FCannabis-Seedling-Marijuana-1062908.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/brasil/saude-br/anvisa-pedido-de-vista-trava-debate-sobre-maconha-medicinal#webpage" }, "articleBody": "O debate sobre a liberação do cultivo da maconha no Brasil por empresas para a produção de medicamentos e pesquisa foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo para a avaliação) de um dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade se reuniu na manhã desta terça-feira (15/10/2019) para debater o tema, após um adiamento fruto da intensa pressão do governo federal. A istração de Jair Bolsonaro (PSL) tenta brecar o debate. Em agosto, quando o mandato de um dos diretores acabou, o governo indicou um militar para o posto, o contra-almirante Antonio Barra Torres. Nas últimas semanas, a possibilidade de que ele pedisse vista foi considerada por vários participantes do processo. E foi o que ocorreu, após o primeiro voto, do diretor-presidente da agência, William Dib, pela aprovação das resoluções. O pedido de vista foi acompanhado pelo diretor Fernando Mendes. O uso da maconha para fins medicinais no Brasil já é previsto em lei, mas ainda não existe regulamentação — que seria papel da Anvisa. As resoluções foram propostas por Dib, e aram por consultas públicas entre 21 de junho e 19 de agosto deste ano. Segundo a Anvisa, 560 contribuições aos textos foram feitas na consulta pública, das quais 22% foram aceitas. Eram questões técnicas, principalmente ligadas à segurança, como uma definição mais clara do tipo de ambiente fechado em que poderia ser feito o plantio. Para serem aprovadas, as resoluções precisavam da maioria dos votos dos cinco diretores. O primeiro a votar foi o diretor-presidente da agência. Em uma longa explanação, ele defendeu que a regulamentação do plantio por empresas era uma questão técnica e que uma decisão é necessária no contexto da saúde pública. Oposição do governo Comandado por Jair Bolsonaro, o governo federal se opôs à iniciativa do diretor-presidente da Anvisa desde o início dos debates. Falas do próprio Bolsonaro e dos ministros da Saúde, Henrique Mandetta, e da Cidadania, Osmar Terra, mostraram a discordância do Executivo para a autorização do plantio. Para o governo, não se deve acabar com a maconha medicinal no país, mas o melhor caminho é que as empresas importem os princípios ativos, que podem ser usados em medicamentos, sem que haja a autorização para o plantio em solo nacional. Leia também Saúde Anvisa decide sobre regulamentação da maconha medicinal. Assista Brasil Anvisa quer autorizar plantio da maconha para produção de medicamentos Brasil Anvisa coloca cultivo e uso medicinal da maconha em consulta pública Política Bolsonaro avalia nome de almirante para a presidência da Anvisa Tensão no debate Pressão e tensão estiveram presentes no evento. Antes da votação, interessados se inscreveram para falar. Um deles foi o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que é capitão da PM e defendeu que o debate fosse interrompido pela Anvisa e feito pelo Congresso. Ele levantou questões relativas à segurança pública e ao risco de desvio da produção. “Quem vai fazer a segurança? As empresas? A Vale, em Brumadinho, nos mostrou o que ocorre quando empresas fazem a segurança”, disse, além de alertar para os perigos do uso da maconha. Em seguida, falou o representante das famílias de crianças com epilepsia no Brasil, Norberto Fisher. Ele defendeu a aprovação das resoluções contando histórias de pacientes que tiveram a vida mudada pelo uso de medicamentos à base de maconha e de outros que morreram esperando essa chance. Ao fim, chamou de infantis argumentos que haviam sido usados pelo senador Styvenson, sem citá-lo nominalmente. Quando Fisher sentou, porém, foi questionado duramente por Styvenson em uma discussão que precisou ser acalmada por outro senador, Eduardo Girão (Podemos-CE). Girão defendeu o cuidado com a liberação do uso medicinal da cannabis devido “ao lobby milionário e poderosíssimo de empresas”. Houve também parlamentares que foram à sessão e usaram a palavra para defender a aprovação das resoluções, como a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante e usuária da maconha medicinal. “Quem diz que maconha é a pior droga que existe deve ter parado nos anos 1960”, defendeu ela. “Não dá para comparar maconha com cocaína, com crack, com metanfetamina. Temos que trabalhar em cima de evidências e não podemos ir na contramão de tantos países que estão inclusive combatendo desemprego com esse mercado crescente”, acrescentou. Solução nacional seria alternativa A importação de remédios à base de princípios ativos da maconha já é regulamentada no Brasil desde 2015. O Metrópoles mostrou, há duas semanas, que enquanto o debate público não avança, quem tem condições financeiras busca cada vez mais a importação de remédios à base de canabidiol para o tratamento de doenças como epilepsia e esclerose múltipla. Desde o início do ano, a Anvisa recebeu 5.321 pedidos de compra de remédios com canabidiol, um dos princípios ativos da planta de maconha. Em média, portanto, são 19,7 solicitações todos os dias. O número é 47% maior do que os 3.613 feitos em todo o ano ado. Para importar o produto, porém, é preciso pagar preços que superam R$ 1 mil a caixa. Debate legislativo e judicial Os possíveis usos da maconha estão em discussão em outras instâncias. No Congresso, diversos projetos de lei sobre o uso medicinal e até recreativo tramitam – além de textos que propõem a proibição total do uso da planta. A tramitação mais avançada está na Câmara, onde comissão especial para tratar de projetos que regulamentam o uso da maconha medicinal foi instalada na semana ada. O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, está no meio de uma votação que pode liberar o uso recreativo da droga. O julgamento foi interrompido em 2015, com três votos favoráveis à liberação, e pode voltar a ser analisado pelo plenário ainda em 2019. Receba notícias de Brasil no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias no Telegram.", "keywords": "Brasília, São Paulo, governo federal, Maconha, Anvisa, maconha medicinal", "headline": "Anvisa: pedido de vista trava debate sobre maconha medicinal", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Anvisa: pedido de vista trava debate sobre maconha medicinal | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Anvisa: pedido de vista trava debate sobre maconha medicinal

Há pressão do governo federal para que resoluções sobre regulação do plantio para uso medicinal sejam arquivadas

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
goias derruba veto de projeto de lei que dispõe sobre o uso de cannabis medical
1 de 1 goias derruba veto de projeto de lei que dispõe sobre o uso de cannabis medical - Foto: Reprodução

O debate sobre a liberação do cultivo da maconha no Brasil por empresas para a produção de medicamentos e pesquisa foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo para a avaliação) de um dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade se reuniu na manhã desta terça-feira (15/10/2019) para debater o tema, após um adiamento fruto da intensa pressão do governo federal.

A istração de Jair Bolsonaro (PSL) tenta brecar o debate. Em agosto, quando o mandato de um dos diretores acabou, o governo indicou um militar para o posto, o contra-almirante Antonio Barra Torres. Nas últimas semanas, a possibilidade de que ele pedisse vista foi considerada por vários participantes do processo. E foi o que ocorreu, após o primeiro voto, do diretor-presidente da agência, William Dib, pela aprovação das resoluções. O pedido de vista foi acompanhado pelo diretor Fernando Mendes.

O uso da maconha para fins medicinais no Brasil já é previsto em lei, mas ainda não existe regulamentação — que seria papel da Anvisa. As resoluções foram propostas por Dib, e aram por consultas públicas entre 21 de junho e 19 de agosto deste ano.

Segundo a Anvisa, 560 contribuições aos textos foram feitas na consulta pública, das quais 22% foram aceitas. Eram questões técnicas, principalmente ligadas à segurança, como uma definição mais clara do tipo de ambiente fechado em que poderia ser feito o plantio.

Para serem aprovadas, as resoluções precisavam da maioria dos votos dos cinco diretores.

O primeiro a votar foi o diretor-presidente da agência. Em uma longa explanação, ele defendeu que a regulamentação do plantio por empresas era uma questão técnica e que uma decisão é necessária no contexto da saúde pública.

Oposição do governo
Comandado por Jair Bolsonaro, o governo federal se opôs à iniciativa do diretor-presidente da Anvisa desde o início dos debates. Falas do próprio Bolsonaro e dos ministros da Saúde, Henrique Mandetta, e da Cidadania, Osmar Terra, mostraram a discordância do Executivo para a autorização do plantio.

Para o governo, não se deve acabar com a maconha medicinal no país, mas o melhor caminho é que as empresas importem os princípios ativos, que podem ser usados em medicamentos, sem que haja a autorização para o plantio em solo nacional.

Tensão no debate
Pressão e tensão estiveram presentes no evento. Antes da votação, interessados se inscreveram para falar. Um deles foi o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que é capitão da PM e defendeu que o debate fosse interrompido pela Anvisa e feito pelo Congresso. Ele levantou questões relativas à segurança pública e ao risco de desvio da produção. “Quem vai fazer a segurança? As empresas? A Vale, em Brumadinho, nos mostrou o que ocorre quando empresas fazem a segurança”, disse, além de alertar para os perigos do uso da maconha.

Em seguida, falou o representante das famílias de crianças com epilepsia no Brasil, Norberto Fisher. Ele defendeu a aprovação das resoluções contando histórias de pacientes que tiveram a vida mudada pelo uso de medicamentos à base de maconha e de outros que morreram esperando essa chance. Ao fim, chamou de infantis argumentos que haviam sido usados pelo senador Styvenson, sem citá-lo nominalmente. Quando Fisher sentou, porém, foi questionado duramente por Styvenson em uma discussão que precisou ser acalmada por outro senador, Eduardo Girão (Podemos-CE).

Girão defendeu o cuidado com a liberação do uso medicinal da cannabis devido “ao lobby milionário e poderosíssimo de empresas”.

Houve também parlamentares que foram à sessão e usaram a palavra para defender a aprovação das resoluções, como a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante e usuária da maconha medicinal. “Quem diz que maconha é a pior droga que existe deve ter parado nos anos 1960”, defendeu ela. “Não dá para comparar maconha com cocaína, com crack, com metanfetamina. Temos que trabalhar em cima de evidências e não podemos ir na contramão de tantos países que estão inclusive combatendo desemprego com esse mercado crescente”, acrescentou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?