Rui Costa: governo não pode “ficar deprimido” com pesquisas ruins
O ministro da Casa Civil atribuiu baixa popularidade ao preço dos alimentos e afirmou que cenário deve melhorar a partir do meio do ano
atualizado
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou, nesta quarta-feira (26/2), a maré de baixa popularidade que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfrentado. Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (26/2) aponta que a avaliação negativa da gestão Lula supera 50% em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. É a mais recente de uma série de pesquisas ruins para Lula.
Veja a declaração:
Em conversa com a imprensa, em São Paulo, o ministro avaliou que o governo não pode comemorar quando o resultado de pesquisa é positivo, nem “ficar deprimido” em caso de avaliação negativa.
“Eu tenho dito que quem governa, e governa sabendo o que está fazendo, não pode ficar entusiasmado quando a pesquisa vem boa, e também não pode ir para debaixo da cama e ficar deprimido quando a pesquisa não vem boa”, disse Rui Costa.
O auxiliar de Lula negou, porém, que o governo feche os olhos para os resultados. “Acho que, num caso e no outro, você tem que identificar o que precisa melhorar e trabalhar. Ou, eventualmente, além de trabalhar, melhorar a sua comunicação”, avaliou o ministro da Casa Civil.
Inflação dos alimentos e FGTS
Rui Costa também afirmou que a avaliação negativa é reflexo da alta dos alimentos e projetou a redução dos preços até o meio do ano, a partir da colheita da safra de 2025. “Uma melhor comunicação e a melhoria do cenário de preços devem ter uma repercussão positiva nos próximos meses na avaliação do governo”, prevê o chefe da Casa Civil.
O ministro negou ainda que a baixa popularidade do governo tenha influenciado a decisão de depositar os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quem foi demitido e aderiu ao saque-aniversário. Segundo Rui, a medida já vinha sendo estudada há meses. “Não é dinheiro do governo. Pertence a cada trabalhador que contribui, tendo do seu salário recolhido 8% para depositar numa conta”, afirmou.