Rio: aos pés do Cristo, parentes e amigos homenageiam Kathlen em missa
Designer foi morta na última terça-feira, em ação da PM no Complexo do Lins, na zona norte. Monumento recebeu iluminação especial
atualizado
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Rio de Janeiro – Foi aos pés do Cristo Redentor, monumento que a designer Kathlen Romeu, de 24 anos, sonhava conhecer, que cerca de 60 parentes e amigos celebraram nesta segunda-feira (14/6) a missa de sétimo dia da morte da jovem, que estava grávida de 4 meses e foi atingida por um tiro de fuzil no tórax durante ação da PM no Complexo do Lins, na zona norte do Rio.
Marcada por muita emoção, a missa foi celebrada pelo reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo. Os pais da jovem — o personal trainer Luciano Gonçalves, 43 anos, e a a Jackeline de Oliveira Lopes, de 40, – lembraram que conhecer o ponto turístico era um sonho de Kathlen.
Ao fim da cerimônia, eles receberam a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida no Cristo Redentor, todo iluminado.
“O nome Kathlen Romeu ficaram marcado. Clamamos por justiça”, disse a mãe, ao lado do marido e do designer gráfico Marcelo da Silva Ramos, de 26, pai do bebê que a jovem esperava. Juntos, deram as mãos e choravam o tempo todo.
A avó de Kathlen, Saionara Fátima Queiroz de Oliveira, que estava com ela no momento do tiro, disse que a neta iria ficar muito feliz com todas as homenagens e com o amor que a família vem recebendo.
“Ela ia gostar se estivesse aqui. Eu tenho certeza. Eu estou em um momento anormal. Estou tentando não pensar no que aconteceu. Cada dia que a tem sido pior”, lamentou.
“Ela queria tanto isso em vida. Ela ainda quis fazer um eio no Cristo, com toda a família”, lembrou, emocionada, Saionara.
Hashtags
Amigos e parentes usavam camisetas estampadas com o rosto da jovem e com as hashtags #JustiçaPorKathlenRomeu #KathlenRomeuPresente. Eles também seguravam balões brancos, que foram soltos ao final da cerimônia.
A secretária estadual de Vitimados, a tenente-coronel Pricilla Azeredo, acompanhou a missa.
“Estamos oferecendo a assistência necessária. Inclusive, fizemos contato com o Ministério Público e se, for o caso e a família quiser, vamos acompanhar até a investigação virar inquérito”, informou Azeredo.