Quem é Nando Bacalhau, líder do CV transferido para presídio federal
Nando Bacalhau, foi transferido para Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele vinha cumprindo pena de 73 anos no Rio de Janeiro
atualizado
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Luiz Fernando Nascimento Ferreira, conhecido como Nando Bacalhau, foi transferido, nesse domingo (23/2), para Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele vinha cumprindo pena de 73 anos no Presídio Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3), no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro.
O traficante é um dos líderes do Comando Vermelho (CV) e exerce influência no complexo de favela do Chapadão, localizado em Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ao todo, ele possui 45 anotações por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, homicídio qualificado, roubo majorado, associação criminosa, falsidade ideológica, constrangimento, porte, uso e venda de armas de fogo e munições. As penas somam 73 anos de prisão.
Em fevereiro, a Secretaria de Estado de istração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro instaurou uma sindicância para apurar visitas íntimas concedidas sem autorização a três líderes do tráfico de drogas, entre eles, Nando Bacalhau. Em resposta à infração, ele chegou a ser isolado de forma preventiva.
Nando Bacalhau foi preso em 2012, na cidade de Guarulhos, Grande São Paulo. Ele é o 35º preso transferido pelo Governo do Rio de Janeiro para presídios federais nos últimos dois anos.
Transferência para presídio federal
A operação de transferência para o presídio federal envolveu 21 policiais penais e sete viaturas. O preso já foi entregue pelo Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro e está sob a custódia de policiais penais federais.
Segundo o Governo do Estado, a transferência de lideranças de facção presos no Rio é um problema nacional e tem função estratégica. Além de Nando, outras nove criminosos devem ser transferidos para unidades prisionais federais de segurança máxima.
“Já disse isso antes e vou repetir quantas vezes for preciso: o combate ao crime organizado não pode mais ser tratado como uma questão local, trata-se de um problema nacional, que exige atuação integrada da união com todos os estados”, afirmou o governador Cláudio Castro.