Prevent Senior: Polícia Civil abre inquérito para investigar morte da mãe de Hang
Delegada vai investigar se houve falsificação ideológica nos atestados de óbito do médico Anthony Hong e da mãe de Luciano Hang
atualizado
Compartilhar notícia

A Polícia Civil de São Paulo abriu um novo inquérito para investigar a responsabilidade de executivos da operadora Prevent Senior na adulteração dos atestados de óbito de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, e do médico Anthony Wong. O novo inquérito foi revelado nesta quinta-feira (30/09) pelo portal G1 e confirmado pelo Metrópoles.
Nessa nova investigação, o 77º Distrito Policial (DP), na Santa Cecília, centro de São Paulo, vai analisar se houve cometimento de crime por médicos ou executivos na confecção dos atestados de óbito de Regina e Wong.
Ao Metrópoles, a delegada Maria Cecília Castro Dias informou que já solicitou à Justiça que sejam entregues os prontuários oficiais de Regina Hang e Anthony Wong. Ela informou que inicialmente vai investigar se houve prática do crime de falsidade ideológica por representantes da Prevent Senior.
“Já pedimos autorização judicial para ter o aos prontuários. Apuramos o crime de falsidade ideológica. No Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o inquérito é mais abrangente. Apuram homicídios causados por medicamentos do tratamento precoce e adulteração de documentos de forma geral. Vai ser solicitado um parecer médico-legal do Instituto Médico Legal (IML)”, afirmou a delegada ao Metrópoles.
I da Pandemia
Em depoimento à I da Pandemia, no Senado, o empresário Luciano Hang itiu nesta quinta-feira (29) que o atestado de óbito de sua mãe, Regina, não tinha apontado o coronavírus como causa de morte. Mas Hang, aliado do presidente Jair Bolsonaro e investigado como parte da rede de fake news que promoveu remédios ineficazes contra a Covid-19, afirmou aos senadores que a ausência de Covid-19 como causa de morte foi apenas um “erro do plantonista” do hospital Sancta Maggiore.
Além de investigada pela I da Pandemia e agora pelo 77º DP, a Prevent Senior também é investigada pela Divisão de Homicídios (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Na esfera criminal, a polícia e os promotores investigam queixas de que médicos e executivos impunham o chamado tratamento precoce, composto por medicamentos ineficazes contra a Covid-19, sem consentimento de pacientes.
Também é analisado se a operadora de saúde tinha uma política de adulterar atestados de óbito para que mortes por Covid-19 tivessem outras causas apontadas como responsáveis.