Pacheco fala a prefeitos sobre “falta de coordenação” no combate à Covid
Presidente do Senado foi um dos atores políticos que cobrou a criação de um comitê para enfrentamento da crise sanitária
atualizado
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Em reunião virtual com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou a “falta de coordenação” dos atores políticos no combate à pandemia do novo coronavírus.
“Não há nada pior, em um momento como esse, do que a desarticulação, a falta de coordenação. E o Brasil revelou, infelizmente, a partir dessa falta de coordenação, algo que nós não podíamos ter feito”.
Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Pacheco foi um dos responsáveis por cobrar do governo um comitê de crise com demais Poderes para enfrentamento da crise sanitária.
“Desde o início, era preciso ter coordenado todos os entes federados para podermos enfrentarmos da melhor forma possível essa pandemia. Esse consórcio é uma demonstração de unificação dos municípios brasileiros, algo a ser seguido”, disse.
A FNP é a idealizadora do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar). Trata-se do primeiro consórcio público de cidades brasileiras que surgiu como alternativa para a compra de medicamentos, insumos e vacinas contra o novo coronavírus. Quase 2,6 mil municípios se manifestaram favoráveis ao projeto.
Prefeitos cobraram que Pacheco intermedeie conversas com governadores e o governo federal no Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 para cobrar um cronograma mais crível do Ministério da Saúde no âmbito da imunização dos brasileiros. O presidente do Senado afirmou já ter reado a solicitação à pasta.
Outra cobrança feita pelos prefeitos foi que o Congresso seja mais ativo nas relações internacionais com os governos estrangeiros para aquisição de excedentes de vacinas.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP), que é vice-presidente de Cooperação Internacional do Consórcio Conectar, alertou sobre a realidade da indisponibilidade de vacinas contra a Covid-19. Covas encontrou ressonância na fala da secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy.
“Não há vacinas disponíveis. Só podemos contar com as vacinas que já temos, e temos pressa. O caminho agora é a parceria com a OPAS e estreitar o diálogo com os EUA para que possamos entrar na lista de distribuição das vacinas que eles têm. Deverá ser uma relação que transcende governos e deve ser vista como ação humanitária”, defendeu.